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Você sabe o que é Tracoma? Confira as ações para a eliminação da doença

O tracoma é causado pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode levar à cegueira se não tratado adequadamente

O tracoma é uma doença ocular infecciosa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em regiões de baixa renda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a gravidade desta condição e lançou a Aliança para a Eliminação Global do Tracoma, com o objetivo de erradicar a doença até 2020. Apesar de não ter atingido completamente a meta, os progressos são significativos e merecem destaque.

Desde o início da iniciativa, a OMS tem trabalhado em parceria com governos, ONGs, comunidades locais e o setor privado. A colaboração multifacetada tem sido crucial para alcançar os resultados obtidos até agora. O tracoma é causado pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode levar à cegueira se não tratado adequadamente. A doença é transmitida por contato direto com secreções oculares ou nasais de pessoas infectadas, ou indiretamente por meio de moscas que entram em contato com essas secreções.

O programa de eliminação da OMS baseia-se na estratégia SAFE, que inclui Cirurgia para casos avançados, Antibioticoterapia para infecções ativas, Limpeza facial para reduzir a transmissão e Melhoria do ambiente para reduzir a presença de vetores. Esta abordagem abrangente tem mostrado ser eficaz na redução da prevalência da doença em várias regiões.

Um dos maiores avanços relatados é o aumento significativo no acesso aos antibióticos. Milhões de doses de azitromicina, um antibiótico eficaz contra a Chlamydia trachomatis, foram distribuídas em comunidades afetadas. Isso ajudou a reduzir drasticamente os casos ativos de infecção. Além disso, campanhas de conscientização sobre a importância da higiene facial têm sido intensificadas, promovendo mudanças comportamentais nas populações.

 

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A cirurgia para tratar a triquíase tracomatosa, uma condição dolorosa onde os cílios se viram para dentro e arranham a córnea, também tem sido uma prioridade. A formação de cirurgiões locais e a realização de campanhas cirúrgicas regulares têm melhorado a qualidade de vida de milhares de pessoas. Em muitos países, os esforços para melhorar o acesso à água potável e ao saneamento básico também têm sido cruciais.

Países como Marrocos, Omã e México já foram certificados pela OMS como livres de tracoma como problema de saúde pública. Esses sucessos servem de inspiração e modelo para outras nações ainda lutando contra a doença. No entanto, desafios persistem em regiões como a África Subsaariana e partes da Ásia, onde a prevalência do tracoma ainda é alta.

O relatório de progresso da OMS destaca a importância de continuar os esforços de vigilância e intervenção. Mesmo em áreas onde a eliminação foi alcançada, a manutenção das atividades de prevenção é essencial para evitar o ressurgimento da doença. A colaboração contínua entre os setores público e privado, bem como o engajamento das comunidades locais, permanece fundamental.

A eliminação do tracoma não é apenas uma questão de saúde, mas também de desenvolvimento social e econômico. A cegueira causada pelo tracoma pode impedir adultos de trabalhar e crianças de frequentarem a escola, perpetuando ciclos de pobreza. Portanto, erradicar o tracoma contribui significativamente para o bem-estar geral das comunidades afetadas.

O progresso até agora alcançado é um testemunho da eficácia da abordagem colaborativa e integrada promovida pela OMS. No entanto, a meta de eliminação global ainda requer esforços redobrados e recursos adicionais. Investir na eliminação do tracoma é investir em um futuro mais saudável e próspero para milhões de pessoas ao redor do mundo.

O futuro da eliminação do tracoma parece promissor, mas não sem desafios. O mundo está mais perto do que nunca de erradicar essa doença debilitante, e o progresso contínuo depende da persistência, inovação e colaboração global. As lições aprendidas até agora servirão de base para enfrentar outros desafios de saúde pública no futuro.

Em conclusão, o relatório de progresso da Aliança da OMS para a Eliminação Global do Tracoma celebra conquistas significativas, mas também chama a atenção para a necessidade de esforços contínuos. Com determinação e cooperação global, a visão de um mundo livre de tracoma está ao nosso alcance.

 

Tracoma no Brasil

No Brasil, o tracoma ainda é uma preocupação de saúde pública em algumas regiões, embora a prevalência geral da doença seja relativamente baixa em comparação com outros países. O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e outras instituições, tem implementado ações para controlar e eliminar a doença.

 

A situação do tracoma no Brasil pode ser resumida nos seguintes pontos:

  1. Regiões Afetadas: O tracoma é mais prevalente em áreas rurais e remotas, especialmente no Norte e Nordeste do país. Estados como Ceará, Piauí, Maranhão e Pernambuco têm relatado casos da doença.
  2. Programas de Controle: O Brasil tem adotado a estratégia SAFE (Cirurgia, Antibioticoterapia, Limpeza Facial e Melhoria Ambiental) recomendada pela OMS. As campanhas de tratamento com antibióticos, principalmente a distribuição de azitromicina, têm sido realizadas em comunidades afetadas.
  3. Educação e Conscientização: Programas de educação em saúde têm sido fundamentais para aumentar a conscientização sobre a importância da higiene facial e outras medidas preventivas. Escolas e comunidades são alvos frequentes dessas campanhas.
  4. Cirurgias: Para os casos mais avançados de triquiase tracomatosa, onde os cílios se viram para dentro e causam dor e possíveis danos à córnea, cirurgias são realizadas para corrigir a condição.
  5. Vigilância e Monitoramento: O Ministério da Saúde realiza inquéritos epidemiológicos periódicos para monitorar a prevalência do tracoma e avaliar a eficácia das intervenções. Dados de vigilância são essenciais para direcionar os esforços de controle e eliminação.

 

Embora o Brasil tenha feito progressos significativos na redução da prevalência do tracoma, ainda há desafios a serem enfrentados, especialmente em áreas de difícil acesso. A continuidade das estratégias de prevenção, tratamento e educação é crucial para alcançar a eliminação da doença como um problema de saúde pública no país.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: OMS



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