- 9 de novembro de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
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O lançamento no Brasil da série The Lancet sobre os avanços no desenvolvimento infantil foi feito nesta quarta-feira (9), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, em Brasília. A nova edição reúne, de forma inédita, pesquisadores de diferentes áreas para comprovar a importância do cuidado integral e integrado na primeira infância.
O The Lancet demonstra que, no período desde a concepção até os 2-3 anos de vida, as crianças respondem mais rapidamente às intervenções do que em qualquer outra fase da vida. É um momento único para focar em ações voltadas ao desenvolvimento integral e integrado, que incluem: saúde, nutrição, afeto, ambiente seguro, proteção e oportunidades de aprendizagem.
Cada uma dessas dimensões precisa ser olhada de forma integrada. Deficiências nutricionais antes da concepção, durante a gravidez e nos primeiros 2-3 anos da criança, por exemplo, podem resultar em atrasos no desenvolvimento ao longo da vida.
A estimulação precoce e a criação de vínculos em ambiente domiciliar seguro e livre de stress, aumentam o potencial de aprendizagem da criança no ambiente domiciliar e estabelecem as bases para a aprendizagem na escola.
O aleitamento materno até os dois primeiros anos traz significativos benefícios para mães e crianças, contribuindo para a saúde materna e infantil, a nutrição, a educação, a redução da pobreza e o crescimento econômico.
Olhar todas essas áreas em conjunto pode trazer ganhos para toda uma geração.
Crianças sob risco de não desenvolver seu pleno potencial
Por outro lado, a ausência de um cuidado integral e integrado na primeira infância pode trazer consequências para a criança hoje e no futuro. Estudos de longo prazo revelam que os problemas de crescimento desde a concepção até os 3 anos de vida têm um grande impacto sobre a saúde do adulto e o capital humano, incluindo baixos níveis educacionais e incidência de doenças crônicas
No Brasil, segundo dados da PNAD 2014, mais de 6 milhões de meninos e meninas de até 5 anos vivem em domicílios com renda per capita de até ½ salário mínimo. Além da renda familiar, existem outros fatores de exclusão, como a situação vivenciada por crianças indígenas, quilombolas, ribeirinhas e aquelas que vivem nas periferias dos grandes centros. Essas crianças correm o risco de não se desenvolver integralmente devido à situação de vulnerabilidade em que se encontram.
Para reverter esse quadro, crianças, famílias e cuidadores precisam ter acesso a políticas públicas de qualidade, desenvolvidas com apoio da sociedade. A atuação integrada e colaborativa entre as diferentes áreas é vital para a sustentabilidade e o sucesso das políticas de desenvolvimento da primeira infância. Só assim será possível atender às múltiplas necessidades das crianças, especialmente as mais vulneráveis.
O lançamento do The Lancet no Brasil é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e Banco Mundial, em parceria com Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).
Acesse a publicação “The Lancet’s new Series, Advancing Early Childhood Development: from Science to Scale”.
LEIA MAIS:Investir no desenvolvimento na primeira infância é essencial, conclui The Lancet
Cada uma dessas dimensões precisa ser olhada de forma integrada. Deficiências nutricionais antes da concepção, durante a gravidez e nos primeiros 2-3 anos da criança, por exemplo, podem resultar em atrasos no desenvolvimento ao longo da vida.
A estimulação precoce e a criação de vínculos em ambiente domiciliar seguro e livre de stress, aumentam o potencial de aprendizagem da criança no ambiente domiciliar e estabelecem as bases para a aprendizagem na escola.
O aleitamento materno até os dois primeiros anos traz significativos benefícios para mães e crianças, contribuindo para a saúde materna e infantil, a nutrição, a educação, a redução da pobreza e o crescimento econômico.
Olhar todas essas áreas em conjunto pode trazer ganhos para toda uma geração.
Crianças sob risco de não desenvolver seu pleno potencial
Por outro lado, a ausência de um cuidado integral e integrado na primeira infância pode trazer consequências para a criança hoje e no futuro. Estudos de longo prazo revelam que os problemas de crescimento desde a concepção até os 3 anos de vida têm um grande impacto sobre a saúde do adulto e o capital humano, incluindo baixos níveis educacionais e incidência de doenças crônicas
No Brasil, segundo dados da PNAD 2014, mais de 6 milhões de meninos e meninas de até 5 anos vivem em domicílios com renda per capita de até ½ salário mínimo. Além da renda familiar, existem outros fatores de exclusão, como a situação vivenciada por crianças indígenas, quilombolas, ribeirinhas e aquelas que vivem nas periferias dos grandes centros. Essas crianças correm o risco de não se desenvolver integralmente devido à situação de vulnerabilidade em que se encontram.
Para reverter esse quadro, crianças, famílias e cuidadores precisam ter acesso a políticas públicas de qualidade, desenvolvidas com apoio da sociedade. A atuação integrada e colaborativa entre as diferentes áreas é vital para a sustentabilidade e o sucesso das políticas de desenvolvimento da primeira infância. Só assim será possível atender às múltiplas necessidades das crianças, especialmente as mais vulneráveis.
O lançamento do The Lancet no Brasil é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e Banco Mundial, em parceria com Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).
Acesse a publicação “The Lancet’s new Series, Advancing Early Childhood Development: from Science to Scale”.
LEIA MAIS:Investir no desenvolvimento na primeira infância é essencial, conclui The Lancet
FONTE: OPAS/OMS