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Conheça alguns dados sobre as infecções hospitalares, disponibilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC):

  • De cada 100 pacientes internados, 7 (em países desenvolvidos) e 10 (em desenvolvimento) adquirão, ao menos, uma infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS);
  • A maioria das IRAS acontece em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), enfermarias cirúrgicas e alas de ortopedia;
  • O conhecimento da magnitude e impacto das infecções pelos profissionais de saúde reduz em até 70% a incidência de IRAS;
  • 20 a 30% das IRAS são preveníveis a partir de programas de controle e higiene intensivos.

 

Esse quadro destaca a importância em adotar medidas de prevenção nas instituições de saúde e no atendimento domiciliar, e envolver todas as entidades nesse objetivo. Entenda os 4 pilares estratégicos de ações para reduzir a quantidade de IRAS:

  1. Promover a adesão a práticas baseadas em evidência
  2. Aumentar incentivos financeiros em estratégias que demonstrarem sucesso
  3. Preencher lacunas de conhecimento para responder a ameaças emergentes, por meio de pesquisas
  4. Coletar dados para direcionar esforços de prevenção. Mensurar os progressos.

 

Assim, a Anvisa lançou o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde entre 2016 e 2020, com o objetivo de reduzir a taxa de IRAS no âmbito da saúde, estabelecendo 11 metas:

  1. Até 2020, 80% de todos os hospitais com leitos de UTI (adulto, pediátrico ou neonatal) notificarão os seus dados de Infecção Primária da Corrente Sanguínea (IPCS) associada a cateter venoso central (CVC) com regularidade de notificação de 10 a 12 meses do ano;
  2. Até 2020, 80% de todos os hospitais com leitos de UTI (adulto, pediátrico ou neonatal) notificarão os seus dados de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), Infecção do trato urinário (ITU) associado à sonda vesical de demora (SVD) com regularidade de notificação de 10 a 12 meses do ano;
  3. Até 2020, 80% dos hospitais que realizam parto cirúrgico notificarão os seus dados de infecção em cesariana nos 10 a 12 meses do ano;
  4. Até 2020, reduzir 15% da densidade de incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea Laboratorial (IPCSL) associada ao uso de CVC em UTI adulto, pediátrica ou neonatal com taxa de infecção acima do percentil 90, tendo como valor de referência os dados de 2015;
  5. Até 2020, 50% dos hospitais com leitos de UTI adulto, pediátrica ou neonatal com Check list de Verificação das Práticas de Inserção Segura de Cateter Venoso Central (VPIS-CVC) implementado;
  6. Até 2020, 80% dos hospitais com leitos de UTI adulto, pediátrico ou neonatal com Protocolos implantados: Prevenção de PAV e ITU associada á SVD;
  7. Até 2020, 70% das ações previstas no Plano Nacional para Prevenção e Controle de Resistência Microbiana em Serviços de Saúde executadas, conforme cronograma;
  8. Até 2020, 80% de todos os hospitais com leitos de UTI (adulto, pediátrico ou neonatal) notificando os seus dados de Resistência Microbiana (RM) em IPCSL associada a CVC com regularidade de notificação de 10 a 12 meses do ano;
  9. Até 2020, 80% dos hospitais com leitos de UTI adulto, pediátrica ou neonatal com Protocolos de Uso de Antimicrobianos implantados na UTI;
  10. Até 2020, atingir 80% dos índices nacionais (Anvisa) de conformidade dos Componentes essenciais do PNPCIRAS, segundo os critérios da OMS;
  11. Até 2020, 90% dos estados com Programas Estaduais de Prevenção e Controle de IRAS implementados.

 

A partir dessas medidas, busca-se melhorar a qualidade e segurança da assistência.

 

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Referência:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (2016-2020). Novembro de 2016.



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