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O Round Intencional (RI) de enfermagem é um processo estruturado por meio do qual os profissionais de enfermagem conduzem verificações com os pacientes a cada uma a duas horas, utilizando protocolos e documentações padronizadas. Em 2013, o estudo de Francis R. examinou evidências sobre as razões para falhas no atendimento ao paciente no Stafford Hospital, no Reino Unido, afirmando que “a interação regular e o engajamento entre enfermeiros e pacientes e aqueles próximos a eles devem ser sistematizados através de rounds regulares nas enfermarias” . Essa recomendação tornou-se sinônimo de “round intencional” (RI), um processo estruturado desenvolvido nos EUA e comercializado pelo Grupo Studer.

 

As etapas do protocolo de RI são:

  • Utilização de uma frase de abertura em que o enfermeiro se introduz e tranquiliza o paciente;
  • Realização das tarefas agendadas;
  • Discussão dos 4 elementos dos Rounds Intencionais: posicionamento (garantir que o paciente está confortável e informado), necessidades pessoais (entender as demandas dos pacientes), dor (pedir para o paciente avaliar a dor em uma escala de 0-10) e fixação (garantir que quaisquer itens que o paciente precisa estão em fácil acesso);
  • Análise do ambiente;
  • Finalização do cuidado com a pergunta “Há algo mais que eu possa fazer antes de ir?”;
  • Informação de quando o enfermeiro retornará;
  • Documentação deste Round Intencional;

 

Veja também: Quais são os 6 Protocolos Básicos de Segurança do Paciente que você precisa saber

 

Caso o paciente não esteja apto a responder a este protocolo, ele deve ser feito com familiares, uma vez que a prática:

  1. Assegura a consistência e compreensão do cuidado oferecido a todos os pacientes pelos enfermeiros: visto que lembra os profissionais sobre todos os aspectos a serem conduzidos no atendimento com todos os pacientes e permite a continuidade do cuidado por outros membros da equipe;
  2. Oferece aos enfermeiros tempo destinado ao cuidado: visto que possibilita que estes profissionais gerenciem seu tempo de forma mais efetiva, sobrando mais tempo para destinar ao cuidado;
  3. Aumenta a responsabilidade dos enfermeiros para padronizar o cuidado: fazendo com que todos os pacientes recebam o mesmo atendimento independentemente do profissional que atenda, horário ou setor;
  4. Melhora a comunicação e relação entre enfermeiro e paciente: visto que aumenta o tempo e frequência de contato direto entre ambos, permitindo que pacientes se sintam mais envolvidos no cuidado e confiantes de que sua opinião será levada em consideração;
  5. Aumenta a visibilidade dos enfermeiros: melhorando a comunicação entre eles e os pacientes e a satisfação de ambos;
  6. Aumenta a habilidade dos enfermeiros em antecipar e abordar de forma proativa as necessidades dos pacientes: antes mesmo que os pacientes solicitem ajuda, resultando na sensação de tranquilidade na enfermaria e na redução da carga de trabalho;
  7. Melhora a comunicação entre a equipe e o trabalho em equipe: trata-se de uma relação de via dupla, enquanto a comunicação sólida é fundamental para a efetividade dos Rounds Intencionais, a aplicação deste método melhora a comunicação entre os profissionais. A mesma regra vale para o trabalho em equipe;
  8. Promove o empoderamento do paciente: ao desenvolver a comunicação com os enfermeiros e estabelecer uma regularidade nas visitas, os pacientes se sentem mais empoderados para sanar dúvidas e opinar.

 

 

A implementação dos Rounds em unidades assistenciais garante a melhoria do serviço prestado como um todo, incentivando práticas simples, porém fundamentais, de contato humano.

 

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http://www.ibes.med.br/cursos/gerenciamento-de-riscos-e-implantacao-do-nucleo-de-seguranca-do-paciente-sao-paulo-sp/

 

Neste episódio Aléxia Costa comenta o impacto que o direcionamento de enfermagem tem na segurança do paciente:

 

Referências:

Sarah Sims; Mary Leamy; Nigel Davies; etc. Realist synthesis of intentional rounding in hospital wards: exploring the evidence of what works, for whom, in what circumstances and why. BMJ Journals. 2018.

Francis R. Report of the Mid Staffordshire NHS Foundation Trust Public Inquiry, Vol III, Present and future annexes. London: The Stationery Office, 2013.



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