- 28 de setembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Segurança do Paciente
A troca de informações entre os colaboradores é fundamental para aprimorar a qualidade, segurança, precisão e gerenciamento dos processos em saúde. Por essa razão, o tema foi foco de vários estudos recentes.
Mas então o que faz um colaborador falar ou não? Essa resposta é complexa, pois como seres humanos, estes profissionais têm particularidades, são dinâmicos e influenciados pelos contextos em que estão inseridos.
Um estudo publicado neste mês pelo British Medical Journals identificou 6 aspectos que influenciam a frequência e a abertura da comunicação:
- Fatores pessoais (idade, personalidade);
- Fatores organizacionais (hierarquia);
- Fatores contextuais (abordagem e suporte da instituição);
- Presença de “plateia” (pacientes, familiares ou colegas);
- Dinâmicas do poder;
- Experiências prévias negativas;
- Medo de danificar a relação (com colegas e superiores).
A comunicação envolve vários formatos: informação, pergunta, opinião, sugestão, debate… Até a ausência de voz comunica. Tanto a fala quanto o silêncio, segundo o estudo, são classificados em 3 tipos:
- Submisso;
- Defensivo;
- Sociável.
Entenda também: A Cultura de Segurança e a comunicação efetiva nas organizações de saúde
Um cuidado seguro parte de um comportamento igualmente baseado numa cultura de segurana e ele se consolida institucionalmente por meio do diálogo. O silêncio, neste caso, pode apenas comunicar a ausência de confiança, parceria e credibilidade entre a equipe.
Deixar o profissional falar permite a identificação de problemas recorrentes, troca de práticas seguras e insights sobre possíveis soluções. Um simples ato como a conversa pode garantir uma melhoria significativa na segurança do paciente, afirmam os autores.
Profissionais que têm suas opiniões escutadas e executadas são motivados a manter a troca de ideias e experiências. E essa troca também se reflete na relação com pacientes e familiares. Uma vez que atuam em um ambiente aberto ao diálogo, eles se apresentam abertos aos pacientes, para ouvir suas necessidades, vontades e valores.
Cultura de Segurança do Paciente será um dos temas abordados no CURSO “Nível 3: Estratégias para alcançar a Excelência”, que ocorrerá no dia 19 de outubro em São Paulo/SP. INSCREVA-SE e garanta a sua vaga!
Neste episódio, Aléxia Costa comenta um estudo sobre o motivo do sofrimento moral em profissionais de saúde:
Referência:
David Schwappach; Aline Richard. Speak up-related climate and its association with healthcare workers’ speaking up and withholding voice behaviours: a cross-sectional survey in Switzerland. BMJ Journals. 2018.