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O Departamento de Emergência é um setor crítico nas instituições de saúde, uma vez que exige maior precisão e rapidez no atendimento, sem perder a qualidade e satisfação da assistência.

Segundo um estudo publicado em 2017 pelo Journal of the Australian Healthcare & Hospitals Association, há diversos problemas associados a este departamento, causados pela superlotação e aumento de risco nessa área, tais como:

  • Surgimento de eventos adversos;
  • Aumento do tempo de internação;
  • Aumento da taxa de mortalidade;
  • Descontentamento do paciente/familiares/profissionais.

 

Leia também: A experiência do paciente na Emergência: revisão sistemática

 

A partir disso, foi testado no Reino Unido e Austrália um modelo denominado “4h – rule” (Regra das 4 horas) o qual entende que 90-100% dos pacientes devem deixar o departamento de emergência em até 4 horas após a sua admissão.

Esse teste apresentou resultados satisfatórios em ambos os países, com a taxa de mortalidade dos pacientes caindo de forma progressiva e alcançando os índices previamente estipulados.

Mas como é possível alcançar esta meta?

Segundo a mesma pesquisa, trata-se de alterar a forma de abordagem assistencial, tornando-a mais próxima e estabelecendo uma relação cara a cara entre os profissionais e enfermos. O diálogo irá promover o entendimento e troca mútua entre as partes, permitindo a criação de um compromisso compartilhado a fim de alcançar o resultado desejado.

Tal abordagem também permitirá a equipe aumentar a eficiência e, portanto, reduzir o tempo necessário para o cuidado completo. Apenas é preciso se atentar aos riscos em aplicar o “4-rule”:

  • Tornar as 4 horas um horário arbitrário que não leva em conta as especificidades de cada caso ou a experiência de profissionais especializados no assunto;
  • Assumir que o cuidado mais rápido é sempre o melhor cuidado;
  • Gerar uma competição entre os profissionais e a manipulação de dados, por meio da falta de precisão e padronização pobre dos sistemas de informação.

 

O “4-rule” é uma ferramenta importante no universo da saúde, quando aplicada de forma consciente e colaborativa, assegurando, acima de tudo, a segurança do paciente. Contudo, seus desafios têm que ser monitorados e esclarecidos a fim de que não haja falha no entendimento da meta e maneiras de alcançá-la.

 

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Neste episódio, Aléxia Costa comenta um estudo sobre o uso do Emergency Medicine Events Register:

 

Referência:

Ian Scott; Clair Sullivan; Andrew Staib; etc. Deconstructing the 4-h rule for access to emergency care and putting patients first. Journal of the Australian Healthcare & Hospitals Association. 2017.



1 comentário

  • Silvana

    Parabéns!
    Assunto pertinente e muito sério.
    Sou coordenadora médica do pronto atendimento do hospital Unimed em campo grande ms.
    Coordeno 70 médicos w tenho muita muita dificuldade em adesão a fluxos e protocolos .
    Acho que punir e a solução..

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