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Os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente foram criados pela Organização Mundial da Saúde baseando-se nos assuntos que não recebem investimentos suficientes para serem implantados e que geram diversos erros e eventos adversos.

Estes Protocolos ditam normas e devem ser utilizados nas instituições como guias para a promoção da Segurança do Paciente. Conheça os 6 Protocolos Básicos:

 

1. Protocolo de Úlcera por Pressão:

 

O surgimento de alterações na pele é comum durante internações longas em hospitais. A Úlcera por Pressão (UPP) é um exemplo destas lesões decorrente de uma pressão ou fricção na pele. A UPP pode resultar em:

  • Prolongamento da estadia
  • Riscos de infecções graves
  • Dores
  • Sepse
  • Mortalidade

 

Estas consequências são, em sua maioria, evitáveis. Por esta razão, criou-se o Protocolo com objetivo de “promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões da pele”, seguindo 6 etapas:

  • Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes;
  • Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados;
  • Inspeção diária da pele;
  • Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada;
  • Otimização da nutrição e da hidratação;
  • Estratégias de monitoramento e indicadores.

 

 

2. Protocolo de Higiene das Mãos:

 

A higiene das mãos é fundamental no cuidado à saúde, uma vez que o profissional lida com diferentes pacientes, em diferentes condições e com diferentes necessidades. Esse ato de segurança refere-se a higienização das mãos a fim de prevenir a transmissão de microorganismos e doenças.

Assim, o Protocolo expõe os 5 momentos em que a higienização das mãos devem ser feitas:

  • Antes do contato com o paciente;
  • Antes da realização do procedimento;
  • Após a exposição a fluídos corporais;
  • Após o contato com o paciente;
  • Após o contato com áreas próximas ao paciente.

 

Assim, o Protocolo enfatiza a importância em higienizar as mãos com sabonete líquido e água, ou com preparação alcoólica a fim de de “prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde”.

 

 

3. Protocolo de Cirurgia Segura:

 

Estudos mundiais apontam que, anualmente, uma em cada 25 pessoas passa por um procedimento cirúrgico grande e um em cada 150 pacientes morre devido a um incidente hospitalar.

Desta forma o Protocolo foi criado com objetivo de “determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e a mortalidade cirúrgica”, focando na utilização da Lista de Verificação de Cirurgia Segura da Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual contém três etapas:

  • Antes da indução anestésica
  • Antes da incisão cirúrgica
  • Antes do paciente sair da sala cirúrgica

 

Leia mais em: Família como parceira na Segurança do Paciente: fatores positivos e barreiras

 

 

4. Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e Administração de Medicamentos:

 

Anualmente, 400 mil eventos adversos evitáveis (relacionados à medicação) são registrados nos Estados Unidos. Destes incidentes, 7 mil resultam na mortalidade do paciente.

Assim, o Protocolo tem o objetivo de “promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde” a fim de reduzir estes indicadores, por meio do/a:

  • Acesso a informação medicamentosa pelos profissionais
  • Desenvolvimento de um padrão interno de treinamento
  • Padronização dos processos
  • Uso de equipamentos tecnológicos
  • Educação permanente

 

 

5. Protocolo de Identificação do Paciente:

 

Nos Estados Unidos, em torno de 850 enfermos recebem transfusão de sangue que era destinada a outro paciente, sendo que em 3% destes casos, o paciente morre.

Por esta razão o Protocolo busca “garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes”, garantindo que o paciente certo, receba o tratamento certo no momento certo.

Neste contexto, sugere-se as seguintes intervenções pelos profissionais:

  • Identificação do paciente;
  • Educação do paciente/acompanhante/familiar/cuidador;
  • Confirmação da identificação do paciente antes de receber o cuidado.

 

Para o cumprimento destas diretrizes, o Protocolo reforça a importância da existência de mecanismos de monitoramento (a curto e longo prazo) nas instituições.

 

6. Protocolo de Prevenção de Quedas:

 

 

As quedas dos enfermos resultam em danos em 30 a 50% dos casos, sendo que 6 a 44% destes danos são graves. Entre as consequências estão:

  • Aumento da estadia hospitalar
  • Aumento dos custos assistenciais
  • Diminuição da credibilidade da instituição
  • Complicações legais

Assim o Protocolo pretende “reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente”, identificando os fatores físicos e do ambiente relacionados ao incidente e sugerindo intervenções:

  • Avaliação do risco de queda;
  • Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou pulseira;
  • Agendamento dos cuidados de higiene pessoal;
  • Revisão periódica da medicação;
  • Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes;
  • Educação dos pacientes e dos profissionais;
  • Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas.

 

Todos estes Protocolos são sistêmicos e gerenciados, a fim de:

  • Aprimorar a comunicação
  • Construir uma assistência à saúde segura
  • Promover o trabalho em equipe
  • Monitorar riscos

 

Além disso, dentre os Protocolos estruturados pelo Ministério da Saúde, há também a diretriz que visa a melhoria da comunicação entre profissionais de saúde. Cada organização de saúde deve estruturar e implantar seus protocolos de prevenção de riscos baseando-se nos riscos que foram identificados e priorizados (de acordo com ferramentas específicas).

 

Conheça estes Protocolos mais a fundo no nosso curso de “Gerenciamento de Riscos e Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente”, que ocorrerá nos dias 03 e 04 de setembro em São Paulo/SP. Inscreva-se em:

http://www.ibes.med.br/cursos/gerenciamento-de-riscos-e-implantacao-do-nucleo-de-seguranca-do-paciente-sao-paulo-sp/


Neste episódio Aléxia Costa comenta a importância da segurança do paciente mesmo na atenção primaria:

 

 

Referência:

Ministério da Saúde. Protocolos Básicos de Segurança do Paciente. 2017.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Protocolos – Arquivos. 2009.



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