- 18 de dezembro de 2020
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Apesar do direito à saúde ser assegurado pela Constituição Brasileira e concretizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), quando se trata de demandas de saúde de grupos sociais vulneráveis, como a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), ainda são observadas algumas barreiras diante de uma sociedade em que a heteronormatividade prevalece.
O acesso da população LGBT à saúde é marcado por obstáculos, como condutas inadequadas e atendimento discriminatório dos profissionais de saúde, os quais acabam por afastá-los dos serviços de saúde.
A relação entre homossexualidade e saúde tem sido discutida com frequência no último século, passando a ser motivo de debates e contestações tanto no campo das ciências médicas quanto nas ciências sociais.
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A complexidade da situação de saúde do grupo LGBT e as evidências da influência que a orientação sexual e a identidade de gênero têm na determinação social da saúde implicam a construção de ações integradas para a promoção da inclusão social, de modo que o acesso e a qualidade dos serviços de saúde possam contribuir para o enfrentamento das iniquidades.
Nesse contexto, a população LGBT pode não ter suas necessidades de saúde contempladas de forma integral por estar subordinada à homofobia e outros tipos de preconceitos. Outrossim, esse grupo teme revelar a sua orientação sexual nos serviços de saúde, visualizando o impacto negativo que isso trará à qualidade da assistência.
De fato, o grupo LGBT, em decorrência da não adequação do gênero ao sexo biológico ou à identidade sexual heteronormativa, tem seus direitos humanos básicos violados e não atendidos e, muitas vezes, encontra-se em um cenário de vulnerabilidade.
Destaca-se que uma nação como o Brasil, que propõe na maioria de suas pautas governamentais a promoção da justiça social, deve considerar as diferenças entre os grupos sociais e construir uma política de atenção integral à saúde equânime para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Nesse sentido, observam-se avanços importantes no contexto brasileiro, como o Programa Brasil sem Homofobia e a Política de Assistência Integral à Saúde da População LGBT. No entanto, tal população ainda enfrenta dificuldades diante das diversas formas de violência e discriminações institucionais.
Dessa forma, o acesso restrito do grupo LGBT aos serviços de saúde pública requer ações urgentes do poder público para garantir recursos e capacitação dos profissionais a fim de universalizar a assistência à saúde.
Assim, é necessário um consenso quanto à aplicabilidade de ações dessa natureza no campo da sexualidade que sejam focadas tanto no risco individual e biológico quanto nas características estrutural e social dos mais diversos segmentos populacionais, principalmente os que se encontram em situação vulnerável.
Para avançar na qualidade da assistência à população LGBT é preciso, portanto, reconhecer as iniquidades no acesso aos serviços de saúde e os comportamentos discriminatórios que os profissionais de saúde empregam na assistência a esses sujeitos.
É necessário, ainda, valorizar questões específicas e singulares enfrentadas por esse grupo, pois suas problemáticas de saúde emergem, muitas vezes, da falta de cuidados efetivos e adequados às suas demandas.
Fonte: SANTOS, Luís Eduardo Soares dos et al . O acesso ao Sistema Único de Saúde na percepção de homossexuais masculinos. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 73, n. 2, e20180688, 2020 .
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Penso que ainda nós homens, Independente da Sexualidade, carecemos de uma espécie de “gineco para homens”! Timidamente encontramos urologistas como andrologistas, também! Mesmo assim sem propor, como prevenção, a massagem que possibilita eliminar resíduos dos dutos prostaticos, evitando as temidas inflamações. Além disso, testículos e pênis, ainda são examinados mediante sintomas!