- 10 de novembro de 2022
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Plano de resposta em caso da volta da poliomielite no Brasil
Divulgado nesta semana, o Plano de resposta do Brasil a um evento de detecção de poliomielite prevê ações para uma resposta coordenada nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). O plano também prevê que o Brasil, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e aliados da Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, realizará uma avaliação de risco, se for detectado um evento ou um surto da doença.
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Essa avaliação tem o objetivo de caracterizar a transmissão viral e o risco de uma propagação posterior, avaliar os fatores fundamentais que influenciarão no tipo e na magnitude da resposta, formular recomendações sobre as medidas a serem tomadas e identificar as subpopulações que estão fora da área afetada e em risco de uma possível transmissão.
De acordo com o plano, a avaliação de riscos está fundamentada em dois critérios:
1) A possibilidade de transmissão no país e de propagação na fronteira, considerando:
- O risco de propagação internacional (em especial do poliovírus tipo 2 depois da retirada da VOPt) incluído o risco nas fronteiras e em múltiplos países pelos vínculos de transporte e vias de transmissão.
- O sorotipo e a classificação do poliovírus (por exemplo, sorotipo 1, 2 ou 3; classificado como selvagem ou PVDV).
- A imunidade da população afetada (cobertura de vacinação de rotina e campanha, além de um monitoramento rápido de cobertura vacinal com a VOP e a VIP).
- A existência de grupos vulneráveis (refugiados, deslocados internos, grupos nômades extensos, grupos populacionais de difícil acesso etc.).
- Risco de propagação intencional ou de falha da contenção (em laboratórios, centros de pesquisa ou estabelecimento de produção de vacinas).
2) A solidez da capacidade do país em matéria de resposta e contenção do surto, considerando os seguintes elementos:
- O nível da infraestrutura de saúde do país.
- A capacidade de mobilização dos recursos humanos.
- A situação de segurança, incluída a existência de conflitos armados ou zonas extensas de insegurança ou inacessíveis. Essa avaliação de risco determina em definitivo o risco de propagação da transmissão e incide sobre o tipo e a magnitude da resposta necessária (de grau 1 ou grau 3).
Confirmação de evento ou surto
Com a confirmação de um evento ou surto de poliomielite, será desencadeada a resposta, que inclui o aprofundamento da investigação, a vigilância ativa, a vigilância laboratorial e as ações de vacinação. Mais adiante, será avaliado o número de etapas de campanhas de vacinação ou a escala das avaliações da resposta ao evento.
Após a tomada de decisão de realizar a vacinação, seja por um evento ou por um surto de poliovírus do tipo 2, deve ser definido:
- População alvo: os esforços serão centrados em todos os menores de 5 anos de idade, exceto se houver evidência de que outros grupos de idade foram afetados.
- Número de campanhas de vacinação e intervalos: poderão ser realizadas até três campanhas de vacinação em cada grupo alvo e a vacina será utilizada de acordo com quadro previsto no plano.
Os esforços do Ministério da Saúde estão concentrados principalmente na prevenção da doença, por meio das vacinas ofertadas durante todo o ano nas salas de imunização. Para além da prevenção, no entanto, a Pasta trabalha para responder oportunamente e de forma eficaz, efetiva e coordenada entre as áreas técnicas envolvidas no enfrentamento de emergência em saúde pública de poliomielite.
Fonte da imagem: Freepik
Fonte: Ministério da Saúde