- 18 de setembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Segurança do Paciente
A melhoria da qualidade dos serviços de saúde tem sido centro de discussões recentes da área. Vários modelos foram propostos, dentre eles o ciclo PDSA (Plan-Do-Study-Act, ou seja, Planejar-Fazer-Estudar-Agir), o qual transforma ideias em ações para testar mudanças em pequena escala por meio de quatro etapas:
- Formulação de hipóteses;
- Coleta de dados e teste das hipóteses;
- Análise e interpretação dos resultados;
- Realização de inferências para reafirmar as hipóteses.
Quando bem sucedida neste teste, a mudança é disseminada para toda a instituição. Contudo, este ciclo não é perfeito e tem seus contras. Conheça eles abaixo:
- Não é apropriado e nem deve ser aplicado em todas as instituições;
- É necessário que os profissionais entendam como extrair as informações e transformá-las em mudanças viáveis e efetivas;
- Exige conhecimento técnico e habilidades individuais para que tenha sucesso;
- Dá uma falsa impressão de que pode ser utilizado como um método independente;
- Exige uma investigação prévia profunda e precisa para entender as reais necessidades e soluções mais adequadas;
- Dificuldade em adaptar a mudança bem sucedida em pequena escala para toda a instituição;
- Necessita bom treinamento e orientação do corpo assistencial;
- Se não for bem planejado e estudado, as chances de resultados falhos é enorme;
- Necessita de feedbacks qualitativos periódicos para uma boa análise investigativa;
- Necessita de auxílio financeiro.
Leia mais em: Ciclos de melhoria para fortalecer a cultura de segurança do paciente
Embora estas informações assustem, os benefícios desta prática compensam, principalmente, à longo prazo:
- Aumenta a segurança do paciente;
- Diminui o tempo de espera/estadia dos pacientes;
- Reduz custos;
- Traz resultados assistenciais mais eficientes e efetivos;
- Revela mudanças que são e não são aplicáveis à realidade de sua instituição;
- Identifica novos problemas durante a investigação;
- Promove o aprendizado;
- É facilmente aplicada;
- Modelo flexível;
- Permite resolver problemas assistenciais prioritários (em questão de gravidade e incidência);
- Empodera os profissionais;
- Promove o trabalho multidisciplinar;
- Ajuda a melhorar a cultura organizacional.
Por meio dos ciclos de melhoria, o sistema de saúde e seus agentes saem como beneficiados!
Quer saber mais sobre ciclos de melhoria? Participe do “Nível 3: Estratégias para alcançar a Excelência”, que ocorrerá no dia 19 de outubro em São Paulo/SP. INSCREVA-SE AQUI!
No vídeo, Aléxia Costa aborda um tema que gera muita dúvida: o que fazer para que o médico esteja engajado na gestão da qualidade?
Referência:
Julie Reed; Alan Card. The problem with Plan-Do-Study-Act cycles. BMJ Journals. 2018.
Olá Alexia!
Rubim com você?
Muito boa sua explicação, as vezes não nos atenamos a tal problema.
Muito obrigada !!!
Gerda