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Nos últimos anos, significativos avanços têm sido registrados na área de saúde com a descoberta de novas tecnologias. Estes avanços vieram acompanhados de um crescimento nos custos dos tratamentos e colocam as despesas em saúde entre os maiores gastos dos sistemas públicos e das famílias em todo o mundo. Apesar do inegável avanço científico, muitas tecnologias em saúde lançadas no mercado internacional não apresentam os benefícios esperados e em algumas situações ainda introduzem iatrogenias.
 
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Para responder à necessidade de mensurar, avaliar e selecionar os produtos, equipamentos e procedimentos em saúde que mereçam ser utilizados nos sistemas de saúde foram desenvolvidos métodos científicos para auxiliar o processo de incorporação de tecnologias em saúde. Um conjunto de análises padronizadas de eficácia, segurança, efetividade, eficiência e custos têm contribuído de maneira relevante para os processos que incorporam novas tecnologias. Não raro, diversos estudos pós-incorporação publicados na literatura internacional apresentam resultados perturbadores ao demonstrar que muitas destas tecnologias, ao serem utilizadas na vida real, de fato não apresentam os benefícios informados pelos fabricantes. Por este motivo muitos desafios ainda permeiam o pouco explorado processo de avaliação do desempenho das tecnologias incorporadas e a consequente necessidade de estabelecer um processo de desinvestimento e reinvestimento em saúde.
A avaliação do desempenho das tecnologias em saúde refere-se à avaliação continuada das tecnologias incorporadas para análise dos resultados alcançados no contexto do sistema de saúde, e a comparação com os resultados acordados na incorporação. Se o resultado na vida real estiver aquém do desejado deve-se pensar em estabelecer um processo de desinvestimento e reinvestimento para melhor uso dos recursos disponíveis.
O processo de desinvestimento e reinvestimento em tecnologias em saúde pode ser entendido como a interrupção ou diminuição do investimento em tecnologias previamente incorporadas que, a despeito de custos adicionais, produzem pouco ou nenhum ganho em saúde. Consequentemente tem como objetivo maximizar o ganho em saúde e os benefícios para os pacientes, com os recursos financeiros existentes. Dessa forma, se tais indícios se confirmarem a tecnologia deixará de ser financiada pelo sistema de saúde nos moldes anteriores, e os recursos destinados à sua manutenção poderão ser alocados para outras tecnologias que apresentem real benefício à população, ou mesmo para determinados subgrupos que possam obter maiores benefícios em termos de saúde coletiva.
Para elaborar esta diretriz foi realizada revisão da literatura internacional com a busca de estudos publicados sobre o tema e consultados sítios na internet de agências internacionais de avaliação tecnologias em saúde. Colaboradores foram entrevistados sobre o tema e, ao final da entrevista, convidados a indicar outros participantes para serem consultados, processo descrito na literatura como “bola de neve”. Após esta etapa, um documento base foi elaborado e disseminado entre Diretrizes Metodológicas: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE os colaboradores para contribuições.
O documento final encontra-se agora em processo de Consulta Pública até o dia 28/04/2016…participe e dê a sua contribuição: Recomendação preliminar – Diretriz Metodológica de Avaliação de Desempenho de Tecnologias em Saúde: Desinvestimento e Reinvestimento
 
FONTE: CONITEC (COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS)