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A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) entregou nesta quarta-feira (2) ao Brasil o Certificado de Eliminação da Rubéola. O documento foi entregue pelo representante da OPAS/OMS, Joaquín Molina, e pela presidente do Comitê Internacional de Especialistas (CIE), Merceline Dahl-Regis, ao ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro.
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De acordo com Molina, o país se junta ao seleto grupo de Estados que eliminaram a doença. “Assistimos neste continente a um trabalho intenso de mais de dez anos para eliminar a rubéola e a síndrome de rubéola congênita. Hoje a OPAS/OMS reconhece o país que fez todo o esforço para eliminar a rubéola e nos últimos anos trabalhou intensamente para acabar com o último surto de sarampo, deixando para todos nós um legado de muita vivência e saber”.
Para o ministro da Saúde, receber o documento é muito significativo para a saúde publica brasileira. Ele destacou também a importância da vacinação.
Merceline Dahl-Regis também elogiou o desempenho dos brasileiros. “O Brasil é um gigante e esta conquista é um motivo de orgulho. O país tem alguns dos melhores e mais comprometidos profissionais, que nos permitiram chegar neste ponto”.
Para a entrega do certificado, é necessário que a transmissão endêmica do vírus da rubéola seja interrompida em todos os países das Américas por um período igual ou superior a 12 meses sem a aparição de casos de Síndrome de Rubéola Congênita e no âmbito de um sistema de vigilância de alta qualidade.
 
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O último caso de rubéola no Brasil ocorreu em 2008 e o de síndrome de rubéola congênita, em 2009, após uma intensa campanha de vacinação realizada há sete anos no país. Em abril de 2015, a Região das Américas foi declarada pelo Comitê Internacional como a primeira do mundo livre da transmissão endêmica (que ocorre em um dado território e permanece provocando novos casos com frequência) da rubéola e da síndrome da rubéola congênita.
Essa doença viral contagiosa pode causar múltiplos defeitos ao nascer e até morte fetal se contraída por uma mulher durante a gestação. O esforço de 15 anos na vacinação contra sarampo e rubéola em todo o continente culminou neste resultado histórico, que se une a outros similares como a eliminação da varíola, em 1971, e da poliomielite, em 1994, nos quais o continente Americano também foi o primeiro em nível mundial.
Na reunião, também foi constatado que a transmissão endêmica do vírus do sarampo no Brasil foi interrompida. Dados do Ministério da Saúde demonstram a interrupção desde 2001 da transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional) do vírus. No entanto, casos importados ocorreram entre 2001 e 2015. De 2013 a 2015, o numero de ocorrências aumentou devido a surtos já controlados e encerrados de casos importados. Atualmente, não há notificações confirmadas de sarampo no Brasil.
 
FONTE: ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE OPAS/OMS