- 4 de setembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias, Segurança do Paciente
A Organização Mundial da Saúde alterou algumas recomendações sobre o parto normal devido a um estudo em parceria com o projeto Better Outcomes in Labour Difficulty (Bold), implementado na Nigéria e Uganda.
O continente africano foi escolhido, uma vez que:
- Apresenta os maiores índices de mortalidade de mães e gestantes;
- Apresenta condições e tratamentos de saúde mais precários;
- A Nigéria é o país com maior taxa de mortalidade materna (com 800 mortes das progenitoras a cada 100 mil nascimentos).
A pesquisa, com cerca de 10 mil gestantes que entraram em trabalho de parto nos hospitais, apontou a ausência de um padrão ou regularidade na duração de um parto natural e, portanto, indicou que a prática não “obedece” ao partograma (referência criada em 1950 a qual prevê dilatação do colo do útero de 1 cm a cada hora em mães de primeira viagem).
Essa descoberta enfatiza a importância de que cada mãe seja avaliada de maneira individual. Ou seja, que de fato se aplique o Cuidado Centrado no Paciente à gestantes de forma a respeitar o corpo e limites de cada paciente.
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Por meio da realização de coletas antropométricas, obstétricas, médicas e sociodemográficas, determinou-se um novo partograma o qual ainda será testado.
O projeto Bold pretende expandir essa análise e investigação para outros países, como o Brasil, entendendo os padrões e peculiaridades nacionais a fim de esquematizar um novo partograma de base.
Atualmente, há 44 mortes maternas a cada 100 mil bebês nascidos no Brasil, número inferior ao de países africanos como a Nigéria, porém superiores ao países desenvolvidos europeus, de 20 óbitos.
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Neste episódio Aléxia Costa, comenta um estudo feito na Inglaterra, identificando melhorias na assistência materno infantil:
Referência:
Maria Julia Petroni. Estudo com a USP faz OMS mudar recomendações sobre parto normal. Jornal da USP. 28 de Agosto de 2018.