- 1 de maio de 2021
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
A qualidade do atendimento é um componente fundamental do direito à saúde e o caminho para a equidade e dignidade para mulheres e crianças. Dessa forma, é essencial oferecer serviços de saúde que atendam a critérios de qualidade.
Como definimos a qualidade do atendimento?
Com base em várias definições da literatura, a definição da OMS de qualidade de atendimento é “até que ponto os serviços de saúde prestados a indivíduos e populações de pacientes melhoram os resultados de saúde desejados. Para conseguir isso, os cuidados de saúde devem ser seguros, eficazes, oportunos, eficientes, equitativos e centrados nas pessoas. ”
Seguro: Prestar cuidados de saúde que minimizam os riscos e danos aos usuários do serviço, incluindo evitar lesões evitáveis e reduzir erros médicos.
Eficaz: Prestar serviços com base em conhecimentos científicos e diretrizes baseadas em evidências.
Oportuno: Reduzindo atrasos na prestação e recebimento de cuidados de saúde.
Eficiente: Prestar cuidados de saúde de uma forma que maximize o uso de recursos e evite o desperdício.
Equitativo: Prestar cuidados de saúde que não diferem em qualidade de acordo com características pessoais, como sexo, raça, etnia, localização geográfica ou nível socioeconômico.
Centrado nas pessoas. Prestar cuidados que levem em consideração as preferências e aspirações dos usuários individuais dos serviços e a cultura de sua comunidade.
Leia também: 10 Benefícios dos procedimentos operacionais e protocolos na gestão da qualidade
A prática
Muitos países fizeram progressos no aumento da proporção de mulheres grávidas que dão à luz em unidades de saúde. No entanto, esse aumento na cobertura muitas vezes não se traduz na redução esperada da mortalidade materna e neonatal e natimortos. Isso se deve às inadequações na qualidade da assistência prestada nas unidades de saúde.
As unidades de saúde frequentemente lutam para fornecer o atendimento de emergência rápido necessário para lidar com complicações maternas e cuidar de recém-nascidos pequenos e doentes. As causas comuns incluem
• infraestrutura inadequada ou anti-higiênica;
• falta de pessoal competente e motivado;
• falta de disponibilidade ou má qualidade dos medicamentos;
• baixa adesão a intervenções e práticas clínicas baseadas em evidências; e
• má documentação e uso de informações.
Melhorar a qualidade do atendimento e a segurança do paciente são, portanto, essenciais se quisermos acelerar as reduções na mortalidade materna e neonatal.
Desenvolvimento de padrões de qualidade para cuidados maternos e neonatais
Em 2016, a OMS publicou padrões para melhorar a qualidade dos cuidados maternos e neonatais em unidades de saúde. Os padrões colocam as pessoas no centro dos cuidados, melhorando tanto a prestação de cuidados de saúde como a experiência dos pacientes; eles são uma parte crítica do fortalecimento dos sistemas de saúde.
Profissionais de saúde competentes e motivados
A prestação de cuidados de qualidade para mulheres grávidas e recém-nascidos em unidades de saúde requer profissionais de saúde competentes e motivados e a disponibilidade de recursos físicos essenciais, como água potável, medicamentos essenciais, equipamentos e suprimentos. Além disso, as práticas baseadas em evidências para o atendimento de rotina e de emergência requerem sistemas de referência funcionais entre os níveis de atendimento, bem como sistemas de informação que possibilitem a revisão e auditoria.
Comunicação efetiva
A experiência de cuidados de qualidade requer comunicação eficaz – a mulher (ou sua família, se necessário) deve sentir que entende o que está acontecendo com ela e seu bebê e o que esperar, e conhecer seus direitos. Tanto a mulher quanto seu bebê devem receber cuidados com respeito e dignidade, e a mulher e sua família devem ter acesso ao apoio social e emocional de sua escolha.
Engajamento da comunidade
O envolvimento da comunidade também é fundamental para melhorar a qualidade do atendimento. As perspectivas das mulheres, suas famílias e comunidades sobre a qualidade dos serviços influenciam suas decisões de busca por atendimento. O envolvimento dos prestadores de serviços de saúde com as comunidades que atendem – para que possam compreender suas expectativas, construir confiança e envolvê-los no processo de entrega – é um componente essencial para criar demanda e acesso a serviços de qualidade para mães e recém-nascidos.
A qualidade do atendimento para mulheres e recém-nascidos é, portanto, o grau em que os serviços de saúde materna e neonatal (para indivíduos e populações) aumentam a probabilidade de atendimento oportuno e apropriado com o objetivo de alcançar os resultados desejados que sejam consistentes com o conhecimento profissional atual e levem levar em consideração as preferências e aspirações de cada mulher e de suas famílias. Essa definição leva em consideração as características da qualidade da assistência e dois componentes importantes da assistência: a qualidade da assistência prestada e a qualidade da assistência vivenciada pela mulher, recém-nascido e sua família.
Fonte da imagem: Freepik
Fonte da notícia: Organização Mundial de Saúde