O que é Gerenciamento de Risco Clínico

Caracteriza-se como a identificação ativa de circunstâncias e oportunidades que colocam os pacientes em risco de danos, bem como a implementação de sistemas e processos de qualidade e segurança para controlar esses riscos. Inclui a identificação e compreensão não apenas de eventos adversos, mas também coisas como “quase acidentes”.
O gerenciamento de risco clínico enfoca a compreensão da probabilidade de dano a um paciente que afeta negativamente a qualidade de seu atendimento, e trata de minimizar os riscos e danos aos pacientes por meio das seguintes etapas:

• identificar o que pode e dá errado durante o atendimento
• compreender os fatores que influenciam este
• aprender lições de eventos adversos e resultados ruins
• garantir que ações sejam tomadas para prevenir uma recorrência, e
• implementar sistemas para reduzir riscos.

É importante usar sistemas para reconhecer e analisar quase acidentes e eventos adversos, para identificar, implementar e testar soluções para evitar que aconteçam novamente. Se a sua organização não fizer melhorias após a identificação de um incidente que resultou em um quase acidente, os pacientes podem ser expostos a eventos adversos futuros evitáveis e a equipe de prática pode aumentar o risco de ação médico-legal.

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Dentro dos Padrões RACGP, Critério QI3.1 – Gerenciamento de riscos clínicos, da Austrália, as seguintes sugestões são oferecidas para reduzir quase acidentes e eventos adversos:

• Estabeleça um sistema para que os profissionais falem com colegas e supervisores de confiança para obter orientações
• Use um processo formal de discussão dentro da prática o que deu errado e como reduzir a probabilidade de acontecer novamente
• Use técnicas estruturadas para analisar as causas de quase acidentes e eventos adversos para reduzir a probabilidade de recorrência
• Estabeleça um sistema para que os membros da equipe de prática saibam como e a quem relatar um quase acidente ou evento adverso, e que possam fazê-lo sem medo de recriminação
• Mantenha cópias do registro de risco ou incidente crítico da prática
• Implemente uma estrutura de governança clínica para ajudar a alcançar um equilíbrio de função de ‘encontrar’, ‘consertar’ e ‘confirmar’ para melhorar a qualidade e segurança do atendimento
• Use ferramentas como auditorias clínicas e indicadores de desempenho para identificar onde os programas de melhoria da qualidade podem melhorar o atendimento e os resultados de saúde do paciente
• Corrija – depois de identificar onde melhorias podem ser feitas, implemente estratégias para resolver o problema e
• Confirme – meça os resultados da melhoria usando um processo de avaliação eficaz.

Sua prática deve implementar e manter um registro de incidentes ou eventos. Isso é importante porque os incidentes de segurança do paciente no atendimento clínico ocorrem em todos os ambientes de saúde. Se você usa sistemas para reconhecer e analisar quase acidentes e eventos adversos, pode identificar, implementar e testar soluções para evitar que aconteçam novamente.

Alternativamente, sua equipe de prática pode conduzir auditorias clínicas e fazer alterações no atendimento clínico para reduzir o risco de problemas identificados ou manter um registro das reuniões da equipe e reuniões de planejamento onde os riscos são discutidos.

Você deve registrar as ações tomadas em resposta aos eventos registrados no registro de incidentes ou eventos. Para mostrar que você está fazendo isso, sua equipe pode registrar revisões de políticas e procedimentos que comprovadamente reduzem o risco.

O uso consistente e a aplicação de uma ferramenta de gerenciamento de risco clínico são importantes para o atendimento ao paciente porque:

• O mesmo erro pode ter causas diferentes em ocasiões diferentes.
• As causas dos quase-acidentes e erros são identificadas e os processos são aprimorados para reduzir a probabilidade de ocorrerem novamente.
• Sem melhorias, os pacientes podem ser expostos a um risco aumentado de resultados adversos e a equipe de prática exposta a ações médico-legais.
• As práticas devem demonstrar como e por que fizeram mudanças para melhorar o atendimento clínico.