- 16 de agosto de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Segurança do Paciente
Milhares de pessoas ao redor do mundo sofrem danos relacionados à assistência à saúde por ano. A taxa de eventos adversos no Brasil é de 7,6% (considerada alta), principalmente quando considera-se que 66% destas ocorrências poderiam ser evitadas, de acordo com uma pesquisa carioca.
Os dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) evidenciam a importância de medidas que promovam a segurança do paciente. Desta forma, em 2013, a Agência criou a RDC 36, que estabelece a obrigatoriedade do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), o qual é definido como “a instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente”.
Saiba mais em: 7 pilares da Classificação Internacional para a Segurança do Paciente
A NSP visa a melhoria da qualidade dos serviços de saúde por meio do/a:
- Promoção e apoio a iniciativas que garantam a segurança do paciente;
- Integração de todos os setores da instituição no cuidado;
- Articulação e troca de informações entre os profissionais de saúde;
- Implementação de Protocolos de Segurança do Paciente e monitoramento de indicadores;
- Desenvolvimento de ações que valorizem e incentivem o trabalho multiprofissional;
- Elaboração, implantação, divulgação e atualização do Plano de Segurança do Paciente;
- Acompanhamento de atividades referentes ao Plano de Segurança do Paciente;
- Divulgação de todas as informações internas para todos os profissionais;
- Incentivo à ações para gerenciamento de riscos;
- Criação de mecanismos para identificar e avaliar as não conformidades nos processos de saúde;
- Estabelecimento de medidas para prevenir incidentes;
- Desenvolvimento, implantação e acompanhamento de programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade;
- Análise dos dados institucionais;
- Compartilhamento e divulgação dos resultados obtidos a todos os profissionais da instituição;
- Notificação dos eventos adversos;
- Acompanhamento dos alertas sanitários para se adequar às mudanças.
O NSP deve ser instituído em serviços de saúde públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares; além de organizações que realizam pesquisas. Assim, a estrutura do Núcleo varia de acordo com a especialidade e demandas de cada serviço. Contudo, todas seguem os mesmos princípios:
- Melhoria contínua do cuidado e manuseamento tecnológico;
- Disseminação sistemática da cultura de segurança;
- Integração de todos os processos de gerenciamento de risco;
- Garantia de boas práticas
Para o sucesso completo, é necessário que o NSP seja composto por uma equipe multiprofissional, sendo eleito coordenador um profissional vinculado à organização, com tempo disponível e experiência em qualidade e segurança do paciente.
Aprofunde-se sobre o Núcleo de Segurança do Paciente no curso de “Gerenciamento de Riscos e Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente”, que ocorrerá nos dias 03 e 04 de setembro em São Paulo/SP. Inscreva-se em:
Confira a live do dia 18 de abril com a Aléxia Costa:
Referência:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2016.