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Fonte: Opas/OMS

270917-abortoseguroEm todo o mundo, 25 milhões de abortos não seguros (45% de todos os abortos) ocorreram anualmente entre 2010 e 2014, segundo novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Guttmacher, publicado nesta quarta-feira (27) na revista The Lancet. A maioria dos abortos não seguros, ou 97%, ocorreu em países em desenvolvimento na África, Ásia e América Latina.

“Quando as mulheres e as meninas não podem ter acesso a métodos anticoncepcionais eficazes e seguros, há sérias consequências para sua própria saúde e para suas famílias. Isso não deveria acontecer. Mas, apesar dos recentes avanços em tecnologia e evidências, muitos abortos não seguros ainda ocorrem e várias mulheres continuam a sofrer e morrer”, afirma a cientista Bela Ganatra, principal autora do estudo e cientista do Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS.

Classificando a segurança do aborto
O novo estudo da The Lancet fornece estimativas sobre abortos seguros e não seguros em todo o mundo.

Quando os abortos são realizados em conformidade com as diretrizes e normas da OMS, o risco de complicações graves ou morte é insignificante. De 2010 a 2014, aproximadamente 55% de todos os abortos foram realizados de forma segura, ou seja, foram realizados por trabalhadores de saúde qualificados, usando um método recomendado pela OMS apropriado para a duração da gravidez.

Quase um terço (31%) dos abortos foram considerados “menos seguros”, ou seja, executados por profissionais qualificados com um método não seguro ou defasado, como a “curetagem uterina”, ou por uma pessoa não qualificada, embora usando um método seguro como misoprostol, medicamento que é utilizada para muitas finalidades médicas, entre elas induzir um aborto.

Além disso, 14% dos abortos foram “nada seguros”, ou seja, realizados por pessoas que usavam métodos perigosos, como a introdução de objetos estranhos e o uso de misturas de ervas. O número de mortes por complicações do aborto não seguro foi elevado em regiões onde a maioria desses procedimentos ocorreram em circunstâncias nada seguras. Complicações derivadas de abortos “nada seguros” podem incluir aborto incompleto (que acontece quando não se retira do útero todo o tecido da gravidez), hemorragia, lesões vaginal, cervical e uterina, além de infecções.

 

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