- 11 de julho de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Notícias, Segurança do Paciente
Trabalhos científicos alertaram sobre o alto índice de eventos adversos. Dados da OMS em uma pesquisa entre os anos de 2007 e 2011 apontaram, por ano, a ocorrência de 421 milhões de hospitalizações no mundo sendo, cerca de 42,7 milhões consequência de eventos adversos relacionados ao cuidado.
Muitos estudos demonstraram a relação entre a ocorrência destes eventos adversos (que causam dano à saúde) nas instituições e as taxas de óbito. Um deles, no Rio de Janeiro, apresentou 7,6% dos casos do prontuário em decorrência de eventos adversos assim como um índice de mortalidade de 8,5%.
Desta forma, evidencia a necessidade de notificar estes eventos adversos a fim de serem utilizados como fonte de informação sobre as situações de maior vulnerabilidade do paciente e evidenciar as medidas urgentes necessárias para evitar que eles ocorram.
Este cenário moveu uma nova pesquisa publicada pelo Scielo em 2018, o qual apresentou este cenário:
- 63.933 eventos adversos ocorreram por questões de assistência à saúde entre 2014 e 2016, sendo que 417 deles evoluíram para óbito.
- O tempo médio entre a internação e data de incidente foi de 4 dias.
- Os hospitais forneceram a maior parte das notificações (96,9%).
- A maior parte das notificações ocorreu durante o diagnóstico/avaliação/tratamento/cirurgia (89%).
Fique por dentro do tema: É obrigatório notificar incidentes, queixas técnicas e eventos adversos?
Tal estudo também separou os resultados pelas regiões brasileiras:
- O Amapá foi o único a não registrar notificação de óbito nesses 2 anos.
- Minas Gerais (66), Paraná (75) e São Paulo (92) foram os responsáveis por 55,9% das notificações.
- Os registros ocorreram, majoritariamente, nas capitais (77%).
- A maior taxa de óbitos apareceu em adultos com mais de 26 anos e idosos (85%).
Assim, o trabalho sinalizou a necessidade de:
- Educar os notificadores sobre a forma e casos que devem ser notificados.
- Compreender melhor o contexto em que as pessoas sofrem eventos adversos.
- Utilizar os dados coletados para entender quais os pontos a serem melhorados.
- Direcionar as políticas públicas visando a qualidade do atendimento.
- Incorporar a vigilância na rotina de trabalho.
Quer saber outras formas de prevenir eventos adversos? Participe do II Fórum Práticas de Excelência para a Segurança do Paciente, nos dias 20 e 21 de julho em São Paulo!
Vagas limitadas: www.foruminternacionalibes.com.br
Saiba mais sobre o assunto no vídeo. Neste episódio, Aléxia Costa fala sobre um estudo que demonstra como pais e adolescentes podem se envolver na notificação de eventos adversos, além dos pontos críticos e positivos dessa sistemática.
Participe também do curso presencial Mapeamento e Gerenciamento de Processos e entenda como medir os indicadores da instituição que podem prevenir eventos adversos!
Referência:
Christiane Santiago Maia; Daniel Roberto Coradi de Freitas; Luciana Guerra Gallo; etc. Notificações de eventos adversos relacionados com a assistência à saúde que levaram a óbitos no Brasil, 2014-2016. 2018.