[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

O Ministério da Saúde vai qualificar o atendimento aos idosos na rede pública de saúde. A Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável traz pela primeira vez orientações aos profissionais de saúde e gestores para aumentar a qualidade de vida dessa população, que vai representar cerca de 20% dos brasileiros em 2030. O atendimento às pessoas com 60 anos ou mais deve priorizar avaliação funcional e psicossocial, além dos dados clínicos. O objetivo é reduzir a perda da autonomia, aumentar o desempenho cognitivo e a sobrevida desses pacientes.
 
LEIA MAIS: Quais são os medicamentos potencialmente inadequados para idosos?
 
O Brasil possui a quinta maior população idosa do mundo, com cerca de 29,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Desse total, 69,9% são independentes para o autocuidado e 30,1% têm alguma dificuldade para realizar atividades da vida diária, segundo estudo de 2017 (Lima-Costa, MF et al, com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013). Dessa parcela, 17,3% tem muita dificuldade com atividades instrumentais, como preparar alimentos, cuidar da casa, se deslocar; e outros 6,8% apresentam dificuldades com atividades básicas, como vestir-se e alimentar-se. Atualmente, entre os idosos de 60 a 69 anos, 25,1% tem diabetes, 57,1% foram diagnosticados com hipertensão, além da maioria estar com excesso de peso (63,5%) e 23,1% com obesidade.
 
LEIA MAIS: Por que o Protocolo de Prevenção de Quedas é tão importante?
 

Entre as novidades anunciadas estão, por exemplo, a implementação do atendimento multidimensional em que o foco deixa de ser apenas na doença. O cuidado passa a ser orientado pela avaliação clínica, psicossocial e funcional, e o acompanhamento desses pacientes será norteado a partir de um projeto terapêutico individual, incluindo os cuidados paliativos.
Com as novas diretrizes, o profissional deverá levar em consideração, por exemplo, o nível de independência e autonomia para atividades cotidianas, as necessidades de adaptação ou supervisão de terceiros, a vulnerabilidade social e o estilo de vida das pessoas idosas.

O atendimento deve ser feito por meio da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, em uma das 41.688 UBSs distribuídas por todo o Brasil.
CADERNETA DA PESSOA IDOSA: Outra novidade é a atualização e implementação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. As informações contidas nesse documento passarão a ser inseridas no Prontuário Eletrônico.
O Ministério da Saúde vai colocar em consulta pública o documento com as orientações técnicas para implementação da linha de cuidado da pessoa idosa no SUS. O documento está disponí­vel por 30 dias no link http://portalms.saude.gov/audiencias-e-consultas-publicas.
 
FONTE: Ministério da Saúde