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segurança cirurgicaPelo menos metade de todas as complicações cirúrgicas são evitáveis ​. Entre 1990 e 2010, nos Estados Unidos, haviam mais de 9.000 “never-events” (eventos que nunca poderia acontecer) cirúrgicos (por exemplo: corpos estranhos retidos, cirurgia em paciente errado e procedimento errado). A mortalidade ocorreu em 6,6% dos pacientes, lesão permanente em 32,9% e lesão temporária em 59,2%. Reconhecendo o risco para os pacientes cirúrgicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes para melhorar a segurança dos pacientes na sala cirúrgica, e uma lista de verificação de 19 itens foi projetada com o objetivo de reduzir a taxa de complicações cirúrgicas maiores.

As avaliações dos efeitos da lista de verificação cirúrgica da OMS têm sido esmagadoramente positivas. A lista de verificação mostrou reduzir a mortalidade em cirurgias maiores em 47% e reduzir a morbidade em 36%.

A comunicação e e o engajamento das equipes cirúrgicas tem melhorado bastante desde que a Lista de Verificação Cirúrgica foi introduzida, desde 2009, na maioria das organizações de saúde no mundo. Além dos itens de conferência do processo cirúrgico antes, durante e após a cirurgia, muitas questões relacionadas à hierarquia tiveram que ser transpassadas para que o processo cirúrgico se tornasse cada vez mais seguro.

 

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O papel da enfermagem neste contexto

A equipe de enfermagem tem estado envolvida em todas as fases de implementação do Check List (Lista de Verificação) de Segurança Cirúrgica na maioria das organizações, tornando-se fundamental na educação do pessoal sobre as vantagens da lista de verificação e na garantia de que esta é utilizada para cada paciente, seja eletivo ou de uma cirurgia de emergência. A equipe de enfermagem tem se mostrado especialmente ativa e engajadora na etapa do “Time Out” na qual todos os membros da equipe apresentam-se por nome e função. Essas apresentações criaram um ambiente mais aberto, onde até os funcionários mais jovens se sentem envolvidos a fazer parte da equipe.

 

Fragilidades na implantação

A identificação de eventuais lacunas ou problemas com a implementação da Lista de Verificação ainda continua a ser importante. Mesmo tantos anos após as primeiras organizações terem implementado a ferramenta, muitos profissionais ainda se mostram resistentes a incorporar as práticas de segurança.

Sem dúvida, a lista de verificação funciona melhor quando todos os membros da equipe estão envolvidos, de modo a incentivar uma cultura transparente e justa.

 

Monitoramento da efetividade da implantação

O monitoramento da implementação da lista de verificação pode ser feito por meio de vários mecanismos, incluindo:

  1. Auditorias de observação da Lista de Verificação Cirúrgica em uso;
  2. Revisão dos registros cirúrgicos para assegurar que a utilização da ferramenta estava sendo registrada apropriadamente nos documentos do paciente;
  3. Pesquisa com os profissionais para coletar o feedback sobre como efetivamente a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica está sendo usada e para coletar sugestões de melhoria.

A introdução da lista de verificação cirúrgica valeu a pena e, até agora, os resultados monitorados pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS) mostraram que está sendo usado como padrão em organizações de saúde de muitos países.

 

Adaptação da ferramenta

Adaptações e modificações na lista de verificação cirúrgica da OMS para encaixar e de adequar às práticas locais são encorajadas. Se a sua organização não é hospitalar (exemplo: consultório odontológico, ambulatório, serviços de endoscopia/colonoscopia), mas realiza pequenas cirurgias, avalie a possibilidade de adaptação do check-list junto às equipes cirúrgicas e profissionais.

 

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Há um tempo atrás o canal de Excelência em Saúde publicou um vídeo bem interessante sobre Quais as percepções dos médicos quanto ao check list de segurança cirúrgica? e vale a pena você assistir como conteúdo complementar dessa matéria.

CEES-018-video

Você pode acompanhar mais dicas de gerenciamento e segurança do paciente no Canal de excelência do Youtube https://www.youtube.com/channel/UC-PRW3fhcIuR0muNxGqqLfw/feed

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AlexiaAléxia Costa – Diretora de Ensino e Capacitação do IBES

Farmacêutica pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Genética e Genomas pela UNIVAP. MBA em Gestão e Engenharia da Qualidade pela Escola Politécnica da USP. Monitora de Pesquisa Clínica pela Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica. Avaliadora de Sistemas de Saúde, através da metodologia ONA e Accreditation Canada. Docente da disciplina Gerenciamento de Riscos aplicado à Gestão da Qualidade, no MBA da Escola Politécnica da USP. Experiência em Gerenciamento de Farmácia Hospitalar e Oncológica em instituições de saúde. Fellow ISQua.

 

REFERÊNCIA:

  • Mehtsun WT, Ibrahim AM, Diener-West M, Pronovost PJ, Makary MA. Surgical never events in the United States. Surgery. 2013;153:364–472.
  • O´Connor, P. Surgical checklists: the human factor. Patient Saf Surg. 2013; 7: 14. 2013 May 14.
  • World Health Organization(2009) Safe Surgery Saves Lives. Geneva: WHO.

 

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