- 12 de agosto de 2022
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Já são mais de 10 mil casos de Monkeypox nas Américas: teremos vacinas?
Os casos de varíola dos macacos (monkeypox) continuam aumentando em vários países das Américas. Os Estados Membros da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) realizaram nesta sexta-feira (5) uma reunião para considerar uma resolução para fazer frente ao surto, que inclui o apoio ao acesso equitativo à vacina para as populações em maior risco.
Em 23 de julho de 2022, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de varíola dos macacos uma emergência de saúde pública de importância internacional. O atual surto começou em meados de maio e até agora afetou 89 países ao redor do mundo.
Nas Américas, cerca de 10 mil infecções por varíola dos macacos foram notificadas em 24 países desde o início do surto, representando 36% dos casos globais.
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Segundo disse a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne: “A declaração de emergência de saúde pública de importância internacional veio com recomendações detalhadas tanto para países e territórios que não detectaram nenhum caso quanto para aqueles que já têm casos importados ou transmissão comunitária. Acreditamos que, quando as medidas recomendadas são aplicadas adequadamente, podemos interromper a transmissão do vírus da varíola dos macacos”.
Essas recomendações incluem:
- comunicação de risco e participação das comunidades afetadas,
- detecção precoce e vigilância,
- tratamento e isolamento de pacientes e
- seguimento de contatos.
No entanto, “a vacinação posterior ou prévia à exposição poderia ser um complemento às demais medidas”, acrescentou a diretora da OPAS. Etienne destacou que atualmente há apenas uma vacina de terceira geração contra a varíola dos macacos no mundo, e é elaborada por um único produtor. Embora os suprimentos dessas vacinas sejam extremamente limitados, a OPAS está em negociações com seu produtor.
Em vista disso, a resolução adotada solicita à diretora da OPAS que facilite uma resposta coordenada e tome medidas para apoiar seus Estados Membros a terem acesso a esta vacina por meio do Fundo Rotatório da organização. Da mesma forma, requer que a OPAS e seu Fundo Rotatório continuem sendo reconhecidos pelos países das Américas como o mecanismo técnico regional estratégico mais apropriado para fornecer acesso equitativo a esta e outras vacinas.
As recomendações da OPAS sobre Doenças Preveníveis por Vacinas, bem como as do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, convocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estipulam que os países devem priorizar vacinas para grupos específicos, bem como para contatos próximos de um caso confirmado, a fim de maximizar o impacto das vacinas considerando a oferta limitada.
A varíola dos macacos (monkeypox) é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, linfonodos inchados, dores musculares e uma erupção cutânea que forma bolhas e crostas. A erupção geralmente se concentra no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A boca, genitais e olhos também podem ser afetados.
A varíola dos macacos recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa em 1958. Só mais tarde, em 1970, foi detectada também em humanos. O nome será alterado pela OMS para evitar estigma e agressões a animais.
Os sintomas podem ser leves ou graves e geralmente duram várias semanas, período durante o qual um indivíduo pode infectar outros. A maioria das pessoas se recupera em poucas semanas sem tratamento.
A doença tem sido notificada regularmente em 9 países da África Central e Ocidental desde que foi reconhecida pela primeira vez em 1958 na República Democrática do Congo. No entanto, desde meados de maio de 2022, um número crescente de casos tem sido notificado, primeiro em vários países da Europa e depois em outras regiões, incluindo as Américas.
Até 4 de agosto de 2022, um total de 26.326 casos prováveis e confirmados em laboratório foram notificados à OMS em 89 países do mundo.
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Fonte: Ministério da Saúde