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Grupo IBES é o Apoiador do Observatório Anahp 2023, que acaba de ser lançado

A Anahp (Associação Nacional dos Hospitais Privados) acaba de lançar o Observatório 2023. Neste ano, o Grupo IBES se orgulha de ser o Apoiador do documento, que nos últimos anos tem servido de base para o benchmarking de indicadores dos hospitais brasileiros.

O Observatório 02023 mostra indicadores e análises sobre o segmento da saúde suplementar, com foco nos hospitais associados à instituição e outros que utilizam seu Sistema de Indicadores Hospitalares. “A conclusão não é boa”, confirmou o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, no início da apresentação do estudo. Para ele, superadas as excepcionalidades operacionais provocadas pela pandemia, é possível identificar mais claramente “os desajustes dentro da cadeia da saúde suplementar”.

A participação das operadoras de planos de saúde nas receitas dos hospitais continua predominante, mas tem decrescido. Nos últimos anos, diminuiu de 91% para 83% em um movimento acompanhado por aumento nos prazos de pagamento – que, de 2021 para 2022, passou de 68,5 para 73,5 dias. As glosas subiram de 3,7% para 4,5% da receita líquida.

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André Medici, economista da saúde e coeditor do Observatório Anahp, concordou com a existência de uma “crise que pode ser mais prolongada se não tiver reação rápida”, apontando ainda a relação entre a incapacidade das operadoras de aumentar receitas no mesmo ritmo do crescimento das despesas com o comportamento errático dos fluxos de caixa e a redução da margem EBITDA dos hospitais.

“Chegou a hora de o Brasil decidir, de fato, se quer ou não quer ter um sistema de saúde privado. As operadoras estão há seis trimestres consecutivos com resultado negativo e acumulam prejuízo de mais de R$ 10 bilhões”, expôs Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde. E completou que, infelizmente, as perspectivas para avanços consistentes são pessimistas por causa de “um ambiente institucional ruim” que prejudica as discussões técnicas.

Casarotti também admitiu ser “pouco crente em uma grande reforma estrutural”, sobretudo uma mudança que melhore abordagens sobre os mecanismos de incorporação de tecnologia e de modelos assistenciais, com uma rediscussão sobre o significado literal da integralidade. Ele citou o exemplo de Israel, que faz a incorporação condicionada a um limite orçamentário.

Medici lembrou que muitos brasileiros seguem fora do sistema de saúde suplementar porque “não existem planos de saúde que atendam às suas necessidades”. O economista colocou que um dos caminhos é buscar soluções regionais, de acordo com as características locais, e fazer experimentos com operadoras de menor porte. “Devemos ter uma regulamentação mais flexível, que permita essas variações”, disse.

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Por fim, Britto trouxe a informação de que, na atual discussão sobre a reforma tributária, há um bom entendimento de que saúde e educação devem ser exceções e isentas de impostos. “Só para terminar com alguma notícia boa”, provocou. Valente emendou que outro ponto positivo é a demonstração de união do segmento em busca de solução. “Precisamos de novas leis e avançar no que podemos resolver entre nós. Juntos é menos difícil”, finalizou.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Anahp



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