- 21 de setembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Notícias, Segurança do Paciente
Muitos trabalhos analisam a segurança do paciente, propondo mudanças e estabelecendo metas através do gerenciamento de indicadores. Recentemente, Perla et al. estabeleceu a Whole-Person Measure of Safety (WPMoS – Medida de Segurança de Toda a Pessoa) para refletir a conceito de avaliação global de risco no nível do paciente.
A valorização das necessidades e demandas dos pacientes é imprescindível se queremos oferecer um serviço de qualidade que preza pelo bem-estar e satisfação dos mesmos.
Um estudo publicado na US National Library of Medicine neste mês afirma que uma medida composta de vários indicadores, como o WPMoS, é necessária para que os hospitais avaliem seu progresso na redução de danos evitáveis.
O WPMoS foi calculado avaliando-se a proporção de pacientes hospitalizados que tiveram pelo menos um dos 14 HUEs (highly undesirable event, ou “evento altamente indesejável”) durante seu cuidado. Os 14 HUEs foram baseados no Center for Medicare and Medicaid Services (CMS) e a Agência de Cuidados de Saúde Diretrizes de Pesquisa e Qualidade (AHRQ) dos EUA, e incluíram:
- embolia gasosa,
- incompatibilidade sanguínea,
- lesões por pressão,
- quedas e traumas,
- infecçções do trato urinário associadas ao uso de cateter (ITU),
- infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres (CLABSI),
- manifestação de controle glicêmico deficiente,
- risco de mortalidade = a 1 na admissão,
- óbitos em baixa categoria relacionada ao diagnóstico de mortalidade (DRG – diagnosis-related category),
- trombose venosa / embolia pulmonar (TVP / EP),
- pneumotórax iatrogénico,
- punção acidental ou laceração,
- readmissões por todas as causas dentro de 72 horas,
- infecção hospitalar.
Leia mais em: Auditorias internas podem melhorar a experiência e a segurança do paciente
De acordo com os autores, estes indicadores permitem uma avaliação além do foco nas doenças, medindo os indicadores no nível dos pacientes. Os autores acrescentam que é fundamental manter feedbacks periódicos não apenas para controle dos indicadores, mas para entender a perspectiva dos pacientes sobre o cuidado. E sempre que possível, aprimorar os pontos críticos.
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Neste episódio, Aléxia Costa comenta como a comunicação verbal ajuda na segurança do paciente:
Referência:
Turley CB; Brittingham J; Moonan A; etc. Statewide Longitudinal Progression of the Whole-Patient Measure of Safety in South Carolina. US National Library of Medicine. Setembro de 2018.