- 19 de fevereiro de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Segurança do Paciente
Às vezes, nem mesmo o dinheiro e as conexões ou posição social são suficientes. A “prima favorita” do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, morreu como resultado de um diagnóstico errado. Ela nunca recebeu um diagnóstico definitivo para uma infecção fatal, afirmou ele.
No quarto World Patient Safety, Science and Technology Summit (Encontro Mundial sobre Segurança do Paciente, Ciência e Tecnologia), realizado na Califórnia, o ex-presidente explicou como a Segurança do Paciente tornou-se “profundamente pessoal” para ele. Clinton contou a história de uma prima que foi diagnosticado em uma clínica “perfeitamente adequada” em Arkansas. “Ela foi diagnosticada como tendo uma gripe e o médico disse para tomar Theraflu. Quarenta e oito horas depois, ela apresentou-se marcadamente pior. Eles correram para o hospital e descobriram que ela tinha sepse. Ela morreu em 36 horas.”
Após este evento, Clinton se tornou um ativo organizador do Patient Safety Movement Foundation, uma organização sem fins lucrativos que tem a meta de chegar a zero mortes evitáveis em hospitais dos Estados Unidos em 2020. Clinton participa deste evento anual a cada ano desde a sua fundação. “Um dia, ela se foi através de uma morte perfeitamente evitável”, disse Clinton sobre sua prima. Ele também contou outra história sobre um amigo, o bem sucedido produtor de TV Michael King, que morreu no ano passado por uma infecção que os médicos não conseguiram identificar.
Segundo ele, não há suficiente atenção colocada no tema Segurança do Paciente. “Comparando esse problema com o terrorismo: desde 9/11, 45 americanos foram mortos por incidentes terroristas”, porém, 200.000 pessoas morreram anualmente em hospitais norte-americanos – e 3 milhões em todo o mundo – em situações que poderiam ter sido evitadas.
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FONTE: Versel, N. Medical errors hit home for Bill Clinton. MedCity News.