- 27 de setembro de 2023
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Dificuldades na implementação de programas de gestão de saúde populacional
Falta compreensão da liderança sobre os programas e os seus potenciais benefícios: daí a falta de prioridade concedida aos mesmos
Ackland et al. (2005) identificaram várias barreiras comuns ao sucesso dos programas de promoção da saúde no local de trabalho, incluindo pressões econômicas, falta de recursos, outras prioridades, dificuldades de avaliação, dimensão do local de trabalho, falta de participação, falta de tempo e problemas de confiança entre os trabalhadores e empregadores. Sua investigação também forneceu feedback dos prestadores de serviços em relação às barreiras que normalmente enfrentam na implementação destes programas. Estes incluíram: o custo do programa, restrições orçamentais organizacionais ou orçamento nulo alocado para a condução dos programas. Os programas não foram priorizados e foram vistos como um ‘opcional’, extra ou um “item de luxo” que poderia ser eliminado quando houvesse falta de recursos.
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> Gestão limitada e apoio organizacional
Falta de compreensão por parte do pessoal de gestão média e superior sobre os programas e os seus potenciais impactos/benefícios, daí a falta de prioridade concedida aos mesmos.
> Falta de tempo
Associada à prioridade, a falta de tempo foi frequentemente citada como uma barreira à implementação do programa de GSP. Isto ficou especialmente evidente em empresas de alto risco que estavam focadas em alta produtividade, margens estreitas e que tendiam a minimizar a oportunidade de pausas de pessoal.
> Logística ou falta de instalações básicas
O acesso a instalações e infraestruturas adequadas era um problema para locais de trabalho mais pequenos e centros regionais onde o tamanho e a localização do local de trabalho dificultavam a execução de um programa abrangente.
> Dificuldade em quantificar o impacto
Estabelecer sistemas de monitorização e avaliação para a quantificação precisa do sucesso era difícil quando as organizações não estavam dispostas a fornecer dados precisos (por exemplo, utilização de estatísticas de participação, taxas de lesões, pedidos de indemnização dos trabalhadores e registos de absentismo). Foi também manifestada preocupação pelo fato de as estatísticas sobre lesões serem muitas vezes enganosas e não representativas das taxas reais.
> Cumprimento das regras
Implementação organizacional de um programa simplesmente para melhorar a imagem corporativa e as relações industriais, onde a qualidade do programa de GSP não era vista como uma prioridade. Os prestadores de serviços indicaram que algumas organizações pareciam apenas interessadas em “marcar o check” e que criar mudanças significativas não era visto como importante. Outro grande problema é que algumas empresas não querem saber de problemas individuais ou endêmicos porque podem ser obrigados a resolver estes problemas como parte do seu dever de cuidado.
> Problemas com responsabilidade e seguros
Crença organizacional de que a participação em programas de GSP (gestão de saúde populacional) acarretava um risco adicional de lesões para a sua força de trabalho.
A Agência de Saúde Pública do Canadá destaca a motivação e a sustentabilidade como dois dos maiores obstáculos para as organizações:
‘Um dos principais desafios que as organizações enfrentam é motivar e manter o compromisso do pessoal com intervenções de vida ativa. Em última análise, a organização só pode educar e oferecer oportunidades – é o funcionário que deve escolher um estilo de vida mais ativo. No entanto, a organização pode oferecer incentivos que ajudem a tornar as escolhas ativas fáceis. Comunicação e educação sustentadas, incentivo, filosofia corporativa e comportamento são os fatores críticos que influenciam a motivação e a participação.’
Fonte da imagem: Envato
Fonte: Agência de Saúde Pública do Canadá, 2007