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Devo atuar como Consultor, Avaliador ou Gestor da Qualidade?

Até 09/2023, foram mais de 2.500 certificações homologadas pela ONA, com crescimento médio de 15% de instituições certificadas/ano

O movimento de Acreditação em saúde no Brasil iniciou-se na década de 90. Desde então, várias organizações de saúde foram acreditadas pela metodologia da ONA – Organização Nacional de Acreditação, e cerca de outras centenas de instituições acreditadas pelas metodologias internacionais.

Até setembro de 2023, foram mais de 2.500 certificações homologadas desde a fundação da ONA, com crescimento médio de 15% de instituições certificadas ao ano.

Com o pagamento diferenciado das operadoras de saúde às organizações acreditadas, preconizado pelo Fator Qualidade (através de normas da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar), muitas organizações reconheceram que não há mais como ficar de fora desta movimentação.

Infelizmente, muitos diretores, médicos e profissionais de saúde sentem-se perdidos por não saber onde buscar ajuda para construir as sistemáticas que assegurem a qualidade de seus processos ou organizações. A literatura sobre o assunto ainda é limitada, o que faz com que muitos “curiosos” se autodenominem consultores e, muitas vezes, não atinjam o resultado esperado pela organização.

É extremamente importante entender o papel de cada um dos “atores” envolvidos no processo de gerenciamento de ações para a acreditação e saber quando e onde buscar o melhor serviço para a sua organização de saúde.

 

Leia também: Por que me tornar um Consultor em Acreditação Internacional pelo Grupo IBES?

 

O AVALIADOR

Segundo a Norma Orientadora número 14, da ONA – Organização Nacional de Acreditação, Avaliador é o profissional com competência para realizar uma avaliação para a acreditação/qualificação. Já o Avaliador Líder é o profissional que coordena as atividades para a acreditação/qualificação. Tanto o Avaliador quanto o Avaliador Líder devem realizar avaliações em conformidade com a metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação.

Antes de se tornar um Avaliador, o profissional precisa realizar o curso da ONA e ser aprovado no Exame da Organização, bem como realizar o Curso de Formação de Avaliadores da instituição acreditadora credenciada, como é o caso do IBES – Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde. A partir desta etapa, ele pode se tornar um Avaliador Trainee, que é o profissional que está no processo de preparação e capacitação para se habilitar como Avaliador. O Trainee acompanha todas as etapas do processo de avaliação (atividades pré-visita, visita e pós-visita), sendo suas atividades monitoradas e conduzidas por um Avaliador Líder.

O Avaliador recebe um valor monetário por cada visita de avaliação realizada (com exceção do Avaliador Trainee). É bastante comum o Avaliador ser contratado de uma organização de saúde e atuar como free-lance/pessoa jurídica da instituição acreditadora, realizando visitas esporádicas.

 

 

O GESTOR DA QUALIDADE

Na grande maioria dos casos, o gestor ou analista da qualidade é um profissional contratado (geralmente com vínculo CLT) da organização onde atua. Por estar presente diariamente na organização, é a referência na estruturação da Política de Gestão da Qualidade institucional, na qual definirá os procedimentos de controle de documentos (procedimentos operacionais, protocolos, Regimentos, etc), auditorias internas, uso de ferramentas da qualidade, acompanhamento das notificações de não-conformidades e eventos adversos e controle de planos de ação. Deve manter um laço estreito com o Núcleo de Segurança do Paciente (conforme RDC 36/2013), o Serviço de Controle de Infecções Hospitalares, as Comissões Médicas e outras instâncias deliberativas da organização.

O gestor da qualidade precisa ser capacitado para ter uma visão sistêmica da organização, estimulando os líderes e colaboradores a seguirem as definições propostas, interagirem-se entre si e assegurando ciclos de melhoria contínua. Por ser integrante da organização, não é incomum que muitas vezes o gestor da qualidade não consiga o engajamento necessário dos colaboradores, pares ou Alta Direção, de forma que ele precisa ter características comportamentais altamente persuasivas.

 

O CONSULTOR EM SAÚDE

O consultor é uma pessoa que fornece consultoria profissional à uma organização, podendo ser um especialista em um campo particular de ciência ou de negócios, ou mesmo ter ampla experiência em gestão a ponto de poder auxiliar a instituição de forma sistêmica.

Existem algumas características que distinguem um consultor de outras profissões. Primeiramente, ele é responsável por oferecer conhecimentos que um cliente não tem (exemplo: estruturar um Planejamento Estratégico, implantar a sistemática de visitas multiprofissionais na UTI) ou o apoio que um cliente é incapaz de cumprir (exemplo: definir as ações necessárias a serem cumpridas a partir do Relatório de Diagnóstico Organizacional, recebido após a visita da IAC – Instituição Acreditadora).

Em segundo lugar, um consultor opera independentemente do cliente. Dessa forma, não há conflito de interesses (muitas vezes comportamentais) rotineiramente presentes entre colaboradores e o gestor da qualidade. Por serem independentes, eles fornecem uma visão objetiva sobre dilemas e soluções, sendo menos susceptíveis às situações de relacionamento ou de maior criticidade (por exemplo: tomar as decisões que ninguém quer, internamente).

Um consultor precisa ter as qualificações adequadas para garantir a prestação de serviços de alta qualidade e uma operação interna sólida. Uma das características que fazem com que os clientes contratem consultores é porque estes possuem uma vantagem de conhecimento. Na grande maioria dos casos, esta é a principal razão. Um cliente contrata uma empresa de consultoria para fornecer aconselhamento especializado que, em última instância (deve) levar à resolução de um problema dentro da organização do cliente.

Em troca de seus serviços profissionais, o consultor cobra um valor pré-definido de acordo com o número de horas trabalhadas, o tamanho e complexidade do projeto e tempo de permanência na organização de saúde. Quanto mais a experiência e expertise do profissional consultor, mais valorizado ele é no mercado, e maior poder de barganha ele possui para cobrar de acordo com o valor agregado à instituição, que usualmente varia de R$ 60,00/hora até 300,00/hora trabalhada).

Faça parte da próxima turma do Curso Avançado Consultores para Acreditação em Saúde do Grupo IBES! As inscrições serão abertas a partir do dia 06 de setembro de 2023, por tempo limitado.

 

Fonte da imagem: Envato



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