- 24 de fevereiro de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Segurança do Paciente
Anestesiologistas de todo mundo têm cada vez mais se envolvido em ações para a qualidade e segurança em anestesia e medicina da dor, incluindo todo o processo perioperatório e ambulatorial.
Cerca de 230 milhões de pacientes são submetidos à procedimentos anestésicos para cirurgias de grande porte no mundo a cada ano. Sete milhões desenvolvem complicações graves associadas aos procedimentos cirúrgicos, dos quais 1 milhão morre (sendo 200.000 na Europa). Todos os envolvidos devem tentar reduzir significativamente a taxa de complicações.
Os principais líderes das sociedades que representam a especialidade médica de anestesiologia reuniram-se em Helsinki, no ano de 2010 e formalizaram o seguinte consenso:
- Os pacientes têm o direito de esperar por segurança durante o seu processo de cuidado, e a anestesiologia tem um papel-chave para melhorar a segurança do paciente no perioperatório
- Os pacientes desempenham um papel importante na sua segurança; então eles devem ser educados sobre isso, e devem ser proporcionadas a eles as oportunidades para fornecer informações para melhorar ainda mais o processo.
- Aqueles que financiam os cuidados de saúde têm direito de esperar que os cuidados de anestesia perioperatória sejam administrados com segurança e, portanto, eles devem fornecer recursos adequados.
- A educação tem um papel fundamental na melhoria da segurança do paciente e deve-se apoiar plenamente o desenvolvimento, a difusão e a implementação da formação em segurança dos pacientes.
- Fatores humanos desempenham um papel importante na prestação de cuidados seguros aos pacientes.
- Nossos parceiros da indústria têm um papel importante a desempenhar no desenvolvimento, fabricação e fornecimento de equipamentos e medicamentos seguros para os pacientes.
- Nenhuma exigência ética, legal ou regulamentar deve reduzir ou eliminar quaisquer proteções existentes para atendimento seguro estabelecidos nesta Declaração.
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O Conselho Europeu de anestesiologia (EBA) estabeleceu uma estreita cooperação com a Sociedade Europeia de Anestesiologia (European Society of Anesthesiology, ESA) de forma a definir instrumentos fundamentais:
1. Todas as instituições que prestam cuidados de anestesia aos pacientes (na Europa) devem atender a padrões mínimos de monitoramento recomendados pela EBA, tanto em quartos e áreas de recuperação pós-anestésica.
2. Todas estas instituições devem ter a protocolos e instalações necessárias para gerenciar os seguintes aspectos:
- equipamentos e drogas
- avaliação e preparo pré-operatório
- rotulagem de seringas, e
- entubação difícil
FONTE:
European Journal of Anaesthesiology, 2010;27(7):592-7