- 20 de dezembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Notícias, Segurança do Paciente
De que adianta mais acesso a uma assistência sem segurança ao paciente? Uma pesquisa publicada pelo Journal of Patient Safety and Risk Management neste ano responde: nada. Segundo o estudo, a segurança deve ser tratada como prioridade das instituições de saúde uma vez que define os desfechos assistenciais.
O AHRQ Patient Safety Network denuncia um déficit de conteúdo sobre segurança do paciente em países emergentes e em desenvolvimento, os quais somam 82 nações. Embora dezenas de milhões de dólares são destinados a esses países, a maior parte do auxílio visa satisfazer calendários hierárquicos.
A falta de segurança enfraquece qualquer meta em uma instituição de saúde, que somados a precariedade destes locais cria desafios na oferta de um cuidado de qualidade. São eles:
- Falta de infraestrutura.
- Falta de equipamentos e treinamento dos profissionais.
- Falta de conhecimento sobre práticas seguras.
- Falta de informação sobre problemas de segurança.
- Falta de guias de segurança.
- Falta de uma cultura de segurança.
- Sobrecarga dos profissionais.
Leia aqui: 10 Dicas para medir e monitorar a segurança na sua instituição de saúde
O mesmo estudo sugere ações para mudar este cenário, o qual se resume na criação de uma infraestrutura que possa auxiliar a segurança e qualidade do cuidado, sendo aplicada para identificar e resolver problemas dos pacientes relacionados à segurança. Esta abordagem deve ser adaptada ao contexto local. Para que esse sistema funcione, é necessário:
- Apoio e parcerias de especialistas na área.
- Focar, durante a melhoria, na disseminação de conhecimento.
- Capacitar e treinar os profissionais.
- Adaptar e desenvolver metodologias de melhoria.
Para medir e monitorar esse progresso, o estudo afirma que são necessárias três medidas:
- Estabelecer práticas fundamentais de segurança.
- Integrar esses processos nos serviços oferecidos diariamente na instituição.
- Desenvolver as expectativas dos pacientes de que tais processos estão em vigor.
Há uma demanda urgente pela criação de planos de melhoria e monitoramento desse progresso, precisando ser adaptados de acordo com a realidade local, a fim de atingir um nível de assistência à saúde digno em todo o mundo.
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Neste episódio, Aléxia Costa comenta um estudo sobre como a alfabetização interfere na segurança do paciente:
Referência:
Albert W. Wu. What good is access to unsafe care? A developing dilemma. Journal of Patient Safety and Risk Management 2018, Vol. 23.