- 30 de novembro de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Em um estudo chocante feito em 2012, as enfermeiras de três hospitais da Malásia relataram que a prevalência de assédio sexual entre elas era de 51,2%, com 22,8% delas alegando que os assédios ocorreram no ano passado. Estes assédios apresentam-se em diferentes formas, incluindo o assédio psicológico, verbal, físico, não-verbal e visual. Esta preocupante tendência levanta a questão; O que a enfermagem podem fazer para combater o assédio sexual?
O assédio sexual é um comportamento indesejado de natureza sexual que pode ser percebido pelo receptor. Também pode assumir a forma de intimidações ou ameaças, e ofensa ou humilhação. Estes assédios podem vir de pacientes, superiores, colegas ou similares.
Se você é uma enfermeira, ou mesmo outra profissional de saúde acometida por este tipo de comportamento, é importante que você tome algumas medidas:
Denunciar o incidente
Muitos dos casos de assédio envolvendo enfermeiras não são denunciados. Portanto, os formuladores de políticas e os administradores de hospitais muitas vezes têm a impressão de que esses casos de assédio são bastante baixos ou inexistentes. Denunciar um caso de assédio sexual soa muito mais fácil do que realmente é. Muitas profissionais são relutantes em relatar tais incidências quando o autor é um paciente importante, um respeitado superior ou um médico. Algumas simplesmente não querem atrair atenção desnecessária sobre si mesmas, ou pior ainda, serem ridicularizadas.
É importante comunicar rapidamente o caso aos seus superiores, ao departamento de RH ou a uma autoridade superior no seu local de trabalho. Fale sobre o assédio até que alguém realmente escute. Há momentos em que os administradores hospitalares internos se recusam a perseguir casos de assédio sexual por medo de publicidade negativa.Nestes casos, procurar ONGs ou departamentos governamentais.
Confronte o autor
Isso pode parecer uma coisa muito estranha e assustadora de se fazer, especialmente se o autor é o seu patrão. No entanto, você precisa, com firmeza, mas educadamente, dizer-lhe que suas ações ou palavras são desconfortáveis e você não irá acolher os seus avanços. Lembre-lhe que existem leis contra isso e que você tem direitos como receptora deste assédio a procurar reparação.
Registre o assédio
Mantenha um registro do assédio, incluindo o que foi feito ou dito, e o horário e lugar em que o incidente aconteceu. Seria ainda melhor se você pudesse gravar um áudio ou vídeo do que acontece, o que seria uma forte evidência para usar contra o perpetrador se o seu caso for para um tribunal de direito. Gravações de áudio ou vídeo ajudam a convencer as autoridades do local de trabalho da veracidade de suas reivindicações.
Formar uma rede de apoio
Se você ou suas companheiras de trabalho estão passando por essa luta, deve-se sempre apoiar umas às outras. Não desencoraje a apresentação de denúncias ou a busca de justiça, e evite fofocar ou falar mal das vítimas. Assédio sexual no local de trabalho pode acontecer a qualquer um, e um pouco de apoio moral para a vítima pode tornar o local de trabalho mais seguro para todos.
Combater o assédio sexual em um ambiente médico não é muito diferente de outros locais de trabalho. Lembre-se que se você enfrentar o assédio sexual como uma enfermeira, você não está sozinha em sua luta.
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FONTE: How can nurses fight sexual harassment? MIMS. General News. 12 out 2016.