O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) participou de reunião com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (8/11), que discutiu estratégias para a eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis no Brasil. O país enfrenta uma epidemia de sífilis. Nos últimos cinco anos, os casos dispararam de 1,2 mil para mais de 65 mil.

O Grupo de Trabalho (GT) formado para tratar da certificação da eliminação da transmissão vertical do HIV ou Sífilis no Brasil discutiu a situação de epidemia nacional, e definiu critérios, indicadores e parâmetros para os municípios se candidatarem à certificação de eliminação da transmissão vertical das doenças.
“É necessário que os diversos atores, incluindo especialistas, profissionais e entidades classe, atuem ativamente no combate ao número de recém-nascidos com as doenças”, afirmou o conselheiro Vencelau Pantoja, representante do Cofen no GT. O Brasil registrou alarmantes 11,5 casos de sífilis em gestantes por 100 mil nascidos vivos em 2015, quase o dobro do número em 2012 (5,9 casos por 100 mil). No último ano, 6,6 a cada 100 mil crianças nasceram com a doença, que pode provocar complicações graves, inclusive cegueira e morte do bebê.
O Cofen é parceiro do Ministério da Saúde na luta contra a epidemia. Em setembro, aprovou parecer normativoatualizando as normas para a realização do testes rápidos, facilitando a detecção da doença. Utilizados para triagem, os testes são de fácil execução, não exigem infraestrutural laboratorial e ficam prontos em até 30 minutos. Podem ser feitos também por profissionais de nível médio, sob supervisão de enfermeiro.
O conselho também revogou parecer sobre aplicação da penincilina benzatina, de modo a garantir a possibilidade de aplicação nas unidades básicas de Saúde, nos termos da Portaria MS 3.161/2011. A ampliação da atuação da Enfermagem na realização de testes rápidos e na aplicação da penicilina benzatina vai contribuir de forma decisiva para o controle do HIV/Aids e da sífilis.

 
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FONTE: Cofen