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Alerta sobre casos raros de síndrome de Guillain-Barré pós-vacinação

Casos raros de síndrome de Guillain-Barré (SGB) após a vacinação contra Covid- foram notificados em diversos países, inclusive no Brasil.

Os eventos adversos foram relacionados às vacinas AstraZeneca, Janssen e CoronaVac. A Anvisa mantém a recomendação pela continuidade da vacinação, uma vez que os benefícios das vacinas superam os riscos. Os fabricantes deverão incluir alerta na bula.

A Anvisa informa que, até o momento, recebeu:

  • 27 notificações de casos suspeitos após a imunização com a vacina da AstraZeneca,
  • 3 casos com a vacina da Janssen e
  • 4 com a CoronaVac

Totalizando 34 registros.

A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um distúrbio neurológico autoimune raro, no qual o sistema imunológico danifica as células nervosas. Os episódios pós-vacinação (eventos adversos) também são raros, mas já conhecidos e relacionados a outras vacinas, como a da influenza (gripe).

Leia também: Aumento de casos de Covid-19 nas faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos

A maioria das pessoas se recupera totalmente do distúrbio. O principal risco provocado pela síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios. Nesse último caso, a SGB pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas adequadas.

É importante destacar que a Anvisa mantém a recomendação pela continuidade da vacinação com todas as vacinas contra Covid-19 aprovadas pela Agência, dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até o momento, os benefícios das vacinas superam os riscos.

Diante dos relatos de eventos adversos raros pós-vacinação, a Agência solicitou que as empresas responsáveis pela regularização das vacinas AstraZeneca, Janssen e CoronaVac incluam nas bulas dos respectivos produtos informações sobre o possível risco de síndrome de Guillain-Barré (SGB).

Confira a íntegra do Comunicado 008/2021.

Sinais e sintomas

A maior parte dos pacientes percebe inicialmente a síndrome de Guillain-Barré (SGB) pela sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, superiores (mãos e braços). Outra característica, percebida em pelo menos 50% dos casos, é a presença de dor neuropática (provocada por lesão no sistema nervoso) lombar ou nas pernas. Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível, ocorrendo geralmente nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço.

Pessoas vacinadas devem procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de síndrome de Guillain-Barré (SGB), que incluem, ainda, visão dupla ou dificuldade em mover os olhos, dificuldade de engolir, falar ou mastigar. Também devem ficar atentas a problemas de coordenação e instabilidade, dificuldade em caminhar, sensações de formigamento nas mãos e pés, fraqueza nos membros, tórax ou rosto, além de problemas com o controle da bexiga e função intestinal.

Os profissionais de saúde devem ficar atentos para os sinais e sintomas de síndrome de Guillain-Barré (SGB) para garantir o diagnóstico correto, a fim de iniciar os cuidados de suporte e tratamento adequados e descartar outras causas.

Notificação

A ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) pós-vacinação contra Covid-19 deverá ser relatada à Anvisa. É imprescindível o cuidado na identificação do tipo de vacina suspeita de provocar o evento adverso, como número de lote e fabricante.

Profissionais de saúde e cidadãos podem notificar eventos adversos pelo e-SUS Notifica e pelo formulário web do VigiMed. Se o caso for de queixa técnica ou de desvios de qualidade observados em vacinas, seringas, agulhas e outros produtos para saúde utilizados no processo de vacinação, as notificações devem ser feitas pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa.

Empresas detentoras de registro ou de autorização temporária de uso emergencial de vacina também devem usar o VigiMed para notificar eventos adversos e o Notivisa para queixas técnicas e desvios de qualidade.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Anvisa



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