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Boletins com informações clínicas abertas têm servido como estratégia de fornecimento de informações através do acesso eletrônico ao paciente, tornando-se uma forma interessante de comunicação. Um estudo publicado no British Medical Journal relata o efeito de boletins clínicos abertos para o paciente como uma maneira de melhorar a confiança na relação médico/paciente e gerar respostas geralmente positivas entre pacientes e médicos. Neste estudo, os pacientes indicaram que eles acessavam esses boletins para melhor compreender e aprender mais sobre a sua saúde.
 

 
O conceito do estudo baseia-se na prática cada vez enfatizada mundialmente, de dar aos pacientes mais acesso eletrônico a alguns componentes de seus registros médicos através do uso de portais alinhados ao provedor de registos de saúde eletrônicos.  Ter acesso a informações de saúde através de um portal não garante necessariamente melhores resultados de saúde ou uma maior eficiência. Embora a literatura em torno destes portais continue a crescer, os resultados para vários pontos de atenção são demonstrados.
Alguns estudos relatam melhorias na satisfação do paciente, mas muitos demonstram nenhuma mudança. Impactos sobre os resultados clínicos como melhora da pressão arterial ou controle de diabetes também são variáveis ​​e, por vezes, depende se a intervenção é acoplada com a gestão de casos. Assim, embora possa ser difícil de se obter benefícios de resultados de doenças a partir de portais de pacientes, a verdadeira questão é como essas ferramentas de saúde pode ser otimizadas para melhorar a tomada de decisão compartilhada e o cuidado centrado no paciente.
Boletins em aberto podem ser elementos-chave na facilitação de tomada de decisão compartilhada e tem sido associados à melhora do paciente. Estudos identificaram uma série de fatores que contribuem para melhorar o engajamento do paciente nas decisões de saúde, incluindo mecanismos de  boa comunicação e diminuição da confusão sobre escolhas. Este e outros estudos semelhantes, mostram que se pacientes têm acesso aos boletins, isso melhora o seu conhecimento e a comunicação com os seus prestadores, e, além disso, o acesso fácil aos boletins podem melhorar a confiança com seus médicos.
A partir desta perspectiva, Boletins em aberto parece ser uma estratégia para melhorar a tomada de decisão compartilhada. Quando os pacientes  querem compreender o seu estado clínico, o seu prognóstico e  os processos críticos envolvidos nos seus cuidados,  passam a ter um maior sentido de autonomia, sendo mais capazes de se envolver no auto-cuidado.
Assim como médicos tiveram de se ajustar ao longo do tempo às novas tecnologias, novos paradigmas em relação à doença e novas abordagens para a ciência da medicina, eles também estão se adaptando a um modelo de entrega baseado em equipe que inclui o paciente e facilita o acesso mais aberto.  Talvez a maior barreira para materializar os benefícios potenciais de Portais do paciente e boletins abertos seja encontrar maneiras de assegurar que todos os pacientes possam acessá-los. Melhorar o acesso à Internet e a informática deve ser uma prioridade de saúde pública.
 
FONTE:  Caroline Lubick Goldzweig, David Geffen. BMJ Qual SAF doi: 10.1136 / bmjqs – 2016-00564.
 
APOIO NA ELABORAÇÃO DO TEXTO: Paula Nahas, Avaliadora-Líder do IBES