- 12 de junho de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
É fato que a comunidade LGBTI sofre preconceito social apenas pela orientação sexual dos integrantes. A sociedade, como um todo, muitas vezes não aceita o “diferente” e, assim, ao invés de incluí-lo nas questões públicas, o exclui e marginaliza.
Esse cenário se repete no setor de saúde e uma pesquisa realizada pela Australian Health Review em 2017 apontou esses resultados ao entrevistar 312 pessoas deste grupo:
- 18.6% disseram ter dificuldade em acessar serviços de saúde
- 15.2% sofrem de distúrbios psicológicos altos ou altíssimos
- 6.1% têm medo da qualidade do serviço de saúde cair ao informar sua sexualidade
Outros aspectos destacados no estudo por pessoas LGBTI em relação aos héterossexuais são:
- Maior solidão
- Mais propensão à ansiedade
- Maior propensão à depressão
- Saúde mental mais abalada
Leia também: 7 perguntas que você precisa se fazer para saber se sua instituição promove o Cuidado Centrado no Paciente
Este estudo também evidenciou um cenário pior às mulheres lésbicas e bissexuais:
- Estando mais propensas a ter uma saúde física defasada
- Apresentando maiores taxas de óbitos
Tendo essas informações, algumas instituições de saúde já estão trabalhando a fim de atender às preocupações e necessidades desse público. O resultado deste esforço também apareceu na pesquisa por meio desses dados:
- 75% dos entrevistados falam sobre sua orientação sexual para o profissional da saúde
- 81% deles disse ter uma saúde, ao menos, boa
- 85% apresentam distúrbios psicológicos baixos ou moderados
Mas há muito ainda a ser feito e conquistado. Algumas barreiras entre o público LGBTI e os colaboradores de saúde caíram. Há menores resistências e maior confiança tanto dos pacientes em contar sobre sua orientação sexual quanto dos profissionais em entender que esse público tem maior probabilidade em apresentar problemas psicológicos e saber lidar com os mesmos.
É preciso agora continuar realizando estudos e fortalecer a relação entre colaborador e paciente, independentemente de sua sexualidade. Caminhando para um Cuidado Centrado no Paciente efetivo.
Entenda como em: Empoderar o paciente para melhorar o cuidado é possível
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Referência:
Australian Health Review. Health and well being of lesbian, gay, bisexual, transgender and intersex people aged 50 years and over. 2017.