[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]
[ivory-search id="27469" title="Default Search Form"]

 A Importância da Governança Clínica nos Desfechos de Saúde

Hospitais que implementaram Governança Clínica reduziram em 25% o tempo de internação e em 30% a taxa de reinternação.

A Governança Clínica tem se consolidado como uma das mais importantes ferramentas para a melhoria dos desfechos de saúde ao redor do mundo. Trata-se de um sistema estruturado de gestão que visa garantir a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde, promovendo uma cultura de transparência, aprendizado contínuo e responsabilidade profissional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adoção de práticas robustas de governança clínica é essencial para a redução de erros médicos e para o fortalecimento da confiança dos pacientes nas instituições de saúde.

 

Dados da OMS revelam que cerca de 10% dos pacientes hospitalizados em países de alta renda sofrem algum tipo de evento adverso evitável durante o atendimento médico, com taxas ainda mais altas em países de baixa e média renda. Esses eventos adversos, muitas vezes decorrentes de falhas nos processos de cuidado, resultam em milhões de mortes anualmente. A implementação de uma estrutura de Governança Clínica pode reduzir substancialmente esses números, aumentando a segurança dos pacientes e melhorando os resultados de saúde.

 

A Governança Clínica também desempenha um papel crucial na redução de custos associados a eventos adversos. De acordo com um estudo publicado pelo “Journal of Patient Safety”, cerca de 15% dos custos hospitalares em países desenvolvidos estão diretamente relacionados a eventos adversos evitáveis, como infecções hospitalares, erros de medicação e falhas em procedimentos cirúrgicos. Instituições que adotaram práticas eficazes de Governança Clínica conseguiram reduzir esses custos em até 20%, ao melhorar a gestão de riscos e promover a segurança no ambiente de cuidado.

 

Leia mais: O que é Governança Clínica?

 

No Brasil, o cenário não é diferente. Segundo o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, mais de 300 mil pacientes morrem anualmente em decorrência de falhas evitáveis no sistema de saúde. A aplicação de princípios de Governança Clínica tem o potencial de reduzir significativamente esses números, ao assegurar que protocolos de segurança sejam seguidos rigorosamente e que práticas baseadas em evidências sejam implementadas de forma consistente.

 

A Governança Clínica também melhora os desfechos de saúde ao promover uma cultura de qualidade e segurança. Um estudo realizado pela Joint Commission International (JCI) indicou que hospitais que adotam modelos de Governança Clínica estruturados apresentam uma redução de até 50% nas taxas de infecção hospitalar e um aumento de 35% na satisfação dos pacientes. Esses dados demonstram que uma abordagem sistemática e integrada para a gestão da qualidade pode gerar impactos significativos nos resultados assistenciais e na percepção dos pacientes.

 

Além de melhorar a segurança, a Governança Clínica facilita a adoção de práticas baseadas em evidências. De acordo com o Institute for Healthcare Improvement (IHI), hospitais que implementaram práticas de Governança Clínica reduziram em 25% o tempo de internação e em 30% a taxa de reinternação hospitalar. Essa melhoria é atribuída à padronização dos processos de cuidado, ao uso de protocolos clínicos bem definidos e ao monitoramento contínuo dos resultados de saúde.

 

 

Outro impacto importante da Governança Clínica é a promoção da transparência e da prestação de contas. Em um estudo da Deloitte, 78% dos CEOs de hospitais consideram que a Governança Clínica é fundamental para garantir a transparência na comunicação de resultados e para assegurar a responsabilidade dos profissionais de saúde. A transparência, por sua vez, melhora a confiança dos pacientes e reduz o risco de litígios, promovendo um ambiente de cuidado mais seguro e ético.

 

A importância da Governança Clínica também se reflete na melhoria contínua da qualidade assistencial. Instituições que implementaram com sucesso a Governança Clínica relataram uma redução de 40% nos eventos adversos e um aumento de 50% na adesão a práticas seguras, como a administração correta de medicamentos e a prevenção de quedas. Isso demonstra que a Governança Clínica não é apenas uma ferramenta de gestão, mas um motor para a transformação cultural dentro das organizações de saúde.

 

Com o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, a necessidade de desfechos de saúde positivos se torna ainda mais evidente. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que os países que investem na Governança Clínica conseguem alcançar melhores resultados em termos de expectativa de vida e controle de doenças crônicas. Esses países apresentam taxas mais baixas de mortalidade por condições tratáveis e um uso mais eficiente dos recursos de saúde.

 

A Governança Clínica também desempenha um papel essencial na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 1 em cada 31 pacientes hospitalizados desenvolve pelo menos uma infecção associada ao cuidado de saúde. Instituições que adotam práticas rigorosas de Governança Clínica conseguiram reduzir em até 70% a incidência de infecções, utilizando protocolos baseados em evidências e promovendo a adesão a medidas de controle de infecção.

 

Em um cenário de saúde cada vez mais complexo e desafiador, a Governança Clínica se destaca como uma estratégia indispensável para garantir desfechos positivos e sustentáveis. A aplicação de práticas robustas de governança não apenas melhora a segurança e a qualidade do atendimento, mas também contribui para a sustentabilidade financeira das instituições e para a confiança dos pacientes. À medida que o mercado de saúde continua a evoluir, a Governança Clínica se torna uma prioridade essencial para todos os profissionais e gestores que desejam alcançar a excelência em saúde.

 

Referências:

  1. Organização Mundial da Saúde (OMS).
  2. Journal of Patient Safety.
  3. Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil.
  4. Joint Commission International (JCI).
  5. Institute for Healthcare Improvement (IHI).
  6. Deloitte – Healthcare Governance Landscape.
  7. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
  8. Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

 

Fonte da imagem: Envato



Deixe um comentário