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Após cinco anos de atuação nos hospitais federais e institutos no Rio de Janeiro, comitê estimula a cultura de segurança e trabalha com foco na prevenção de eventos não desejados

Sem título-2Mais qualidade na assistência e segurança aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS): esse é o balanço dos cinco anos de atuação da Câmara Técnica de Qualidade e Segurança (CTQS) das instituições de saúde subordinadas ao Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. Essa comissão foi criada em 2012 e é multidisciplinar, com a participação de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e administradores trabalhando em estratégias que possibilitem assistência de mais qualidade e segurança nos hospitais federais do Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado e nos institutos nacionais de Cardiologia, de Traumatologia e Ortopedia e de Câncer.

 A CTQS promove, junto aos profissionais de saúde, o estímulo às boas práticas para garantir a segurança e a qualidade do atendimento prestado a pacientes.  Ações aparentemente simples como lavar as mãos; reduzir os riscos de queda; melhorar a comunicação entre profissionais são fundamentais para diminuir acidentes e infecções no ambiente hospitalar.
Para disseminar essa cultura nas unidades, a Câmara apoiou a instalação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) nas nove unidades no Rio de Janeiro. Segundo a coordenadora da CTQS, Adelia Quadros, foram realizadas reuniões de apoio e orientação com as direções assistenciais e as equipes dos Núcleos, para a estruturação do trabalho, visando atender às normas técnicas.

A capacitação profissional e a troca de conhecimentos têm sido a base do trabalho, por meio de reuniões mensais, visitas técnicas entre as unidades, reuniões de apoio aos profissionais, além da realização anual do Seminário de Qualidade e Segurança. Os trabalhos apresentados neste evento são compartilhados com profissionais, por meio de publicações, tornando-se referência para melhorar as práticas assistenciais. Os anais do quinto seminário, realizado em 2016, serão publicados pela editora do Ministério da Saúde.

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RESULTADOS – O resultado do trabalho da CTQS foi o aumento de comunicação sobre as falhas registradas, de acordo com Cláudia Regadas, presidente da Câmara. “Há unidades em que a comunicação de eventos não desejáveis aumentou 200%, em 2016, depois de um trabalho de sensibilização constante. Realizamos oficinas para preparar melhor os profissionais e ajudá-los a reconhecer e analisar as causas das falhas de segurança e propor planos de ação corretivos”.

A atuação dos núcleos nas unidades gerou uma relação de confiança com os profissionais, refletida no aumento do número de notificações das falhas assistenciais. Cláudia explica que esse aumento é sinal de maturidade das equipes, que passaram a ter os núcleos como espaços para construir soluções que tragam mais qualidade ao cuidado prestado nos hospitais e institutos de média e alta complexidade.

LEIA MAIS: Mudar atitudes e hábitos é essencial para a segurança do paciente?

DESAFIOS – De acordo com Cláudia, é preciso despertar uma cultura de segurança tanto institucionalmente quanto nos pacientes: “Há necessidade de redefinir práticas, melhorar protocolos de atendimento por parte das equipes. Por outro lado, há necessidade da participação do paciente e dos seus familiares ao longo do tratamento”. A médica explica que essa sensibilização será uma prioridade na Câmara Técnicas em 2017. “As normas de segurança do paciente precisam ser conhecidas não só pelos profissionais de saúde. Pacientes e acompanhantes têm que conhecer os seus direitos e as suas responsabilidades”, reforça Cláudia.

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE