- 24 de abril de 2016
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Os países e territórios de todo o hemisfério ocidental buscam vacinar quase 60 milhões de crianças e adultos contra mais de 20 doenças perigosas no marco da Semana de Vacinação nas Américas deste ano, que tem como lema “Vamos pelo ouro. Vacine-se”, em referência aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Coordenada pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, a Semana de Vacinação 2016 conta com o apoio do medalhista olímpico jamaicano Usain Bolt, que aparece nos materiais da campanha promovendo a vacinação.
O lançamento regional da iniciativa ocorre neste sábado (23), em Kingston, Jamaica, encabeçado pela diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne, autoridades nacionais e agências parceiras. “A vacinação é uma ferramenta chave para vencer mais de 20 doenças”, afirmou Etienne. “Da mesma forma que os atletas olímpicos se esforçam para alcançar a medalha de ouro, nós estamos comprometidos em garantir que todos estejam saudáveis” nas Américas. A diretora também conclamou todos a celebrar a 14ª Semana de Vacinação nas Américas e colocar as vacinas em dia. “São seguras, eficazes, nos mantêm saudáveis e salvam vidas”, ressaltou.
A Semana neste ano coincide com a mudança mundial da vacina contra a poliomielite, que está sendo coordenada pela OMS e seus associados da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.
Trinta e seis países e territórios das Américas estão entre os 155 de todo o mundo que participam entre 17 de abril e 1 de maio da troca global da vacina trivalente (três cepas virais) oral contra a poliomielite (tOPV) para a nova vacina bivalente (direcionada a duas cepas) oral (bOPV). A mudança é possível devido à erradicação do poliovírus selvagem tipo 2 e é o primeiro passo importante em direção à eventual eliminação de todas as cepas (linhagem familiar) do vírus.
As vacinas são uma das medidas de saúde pública de maior custo-benefício. O uso generalizado desses produtos nas Américas levou a conquistas importantes como a erradicação da varíola (1971) e eliminação da poliomielite (1991), assim como a da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (2015).
A Semana de Vacinação busca garantir que os benefícios das vacinas cheguem às comunidades que tradicionalmente carecem de acesso aos serviços de saúde regulares, como comunidades indígenas e afrodescendentes, populações fronteiriças e pessoas que vivem em áreas remotas ou de difícil acesso.
Além disso, ao menos 21 países e territórios planejam usar a Semana de Vacinação deste ano como uma oportunidade para promover outros tipos de ferramentas de prevenção. Entre as ações estão atividades de controle de mosquitos para prevenir zika, dengue e chikungunya, desparasitação, suplementação com vitamina A, distribuição de terapia de reidratação oral, detecção de doenças crônicas e obesidade, atenção pré-natal, atividades de saúde dental, triagem de crescimento e desenvolvimento infantil, programas de bem-estar laboral e saúde escolar, além de vacinação de animais domésticos.
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Sobre a Semana
A Semana de Vacinação nas Américas teve início em 2003 como parte de uma resposta regional a um surto de sarampo ocorrido entre Venezuela e Colômbia em 2002. Com base em uma larga tradição de fortes programas nacionais de imunização, os ministros da saúde dos países andinos propuseram uma iniciativa coordenada de vacinação internacional.
Desde sua criação, a Semana de Vacinação nas Américas tem se transformado em um fator chave do progresso em matéria de imunização no continente e uma oportunidade anual para destacar o trabalho essencial dos programas nacionais de imunização. Outras regiões da OMS se inspiraram no êxito da Semana de Vacinação e começaram suas próprias iniciativas durante a última década, esforços que levaram à criação da Semana Mundial de Imunização em 2012.
FONTE: Organização Panamericana de Saúde