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Lembrete foi dado pela porta-voz da OMS em Genebra, destacando que a suspeita de ligação entre o vírus zika, a microcefalia e outras desordens neurológicas – declarada emergência pública internacional – está sendo investigada, com foco nos casos do Brasil. Diretora-geral da agência da ONU está em visita oficial ao país.
 
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A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse a jornalistas durante uma coletiva em Genebra que a agência da ONU está preparando quatro informes que seriam lançados em breve. Segundo Fadela Chaib, são eles: a gestão da gravidez no contexto da doença do vírus zika; o apoio psicossocial para as mulheres grávidas e suas famílias com microcefalia e outras complicações neurológicas no contexto da infecção pelo vírus zika; uma declaração de “consenso provisório” sobre a avaliação da microcefalia no contexto da infecção pelo vírus zika; e uma declaração similar sobre avaliação a da Síndrome de Guillain-Barré no contexto da infecção pelo vírus zika.
 
No caso da microcefalia, Chaib destacou que era importante para os profissionais médicos ter orientações detalhadas sobre como medir a cabeça de um bebê e diagnosticar microcefalia devido ao vírus zika, diferenciando o diagnóstico de bebês prematuros com uma cabeça menor, ou microcefalia, devido a outras causas não relacionadas ao zika. Cada um desses informes contará com uma coletiva de imprensa com os especialistas responsáveis. Ainda sobre as orientações para avaliar a microcefalia, Chaib acrescentou – em resposta a perguntas dos jornalistas – que havia uma forte demanda para a OMS por essas orientações, reivindicadas sobretudo por profissionais de saúde, e uma necessidade de maior padronização, tendo em conta as diferenças regionais.
 
A porta-voz da OMS ressaltou que o vírus zika é em grande parte desconhecido, e que a agência estava se concentrando em descobrir as causas do aumento dos casos microcefalia no Brasil, em particular, bem como em investigar a ligação entre o zika e outras desordens neurológicas como a Síndrome de Guillain-Barré, encontrada em pelo menos seis países, incluindo o Brasil e a Polinésia Francesa.
 
A microcefalia poderia ser causada por uma variedade de outros fatores que não a zika, tais como o consumo de álcool durante a gravidez, a exposição a substâncias químicas ou a desnutrição. Chaib também informou que a zika está atualmente presente em 48 países e territórios, incluindo em dois países da África: Cabo Verde e Gabão.
 
No entanto, acrescenta a porta-voz da OMS, o impacto foi mais forte nas Américas, já que o vírus zika era bem conhecido na África e havia, portanto, uma imunidade natural entre as populações neste continente, enquanto que o vírus era novo na América do Sul. Ainda assim, alertou a OMS, a prevenção é necessária em todos os países, que devem agir para reduzir as populações de Aedes aegypti, limitando assim as infecções.
 
 
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FONTE: ONU (Organização das Nações Unidas)