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CFM alerta: há riscos em procedimentos estéticos invasivos feitos por pessoas sem formação médica

Após morte de modelo em procedimento realizado por não médico, CFM divulga novo alerta sobre riscos com este tipo de situação

Diante da morte de uma modelo e influencer, em Brasília (DF), em decorrência de complicações surgidas após um implante de PMMA nas nádegas em procedimento realizado por um não médico, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta quinta-feira (4) um novo alerta à população e às autoridades sanitárias sobre os riscos com este tipo de situação. O novo caso se junta a uma longa série de relatos de efeitos adversos gerados por atendimentos em procedimentos estéticos invasivos conduzidos por pessoas sem qualificação ou permissão legal para executá-los.

 

Leia mais: Nota Técnica Anvisa sobre serviços de estética e atendimento às normas sanitárias

 

Na nota, o CFM relembra que, de acordo com a Lei 12.842/2013, apenas os médicos têm autorização em lei e preparo técnico para realização de procedimentos estéticos que impliquem na invasão do corpo humano além das camadas superficiais da pele. O texto ressalta ainda que esse grupo possui, inclusive, preparo para agir em situações de emergência, tratando de imediato possíveis complicações.

 

Consulta e exames – Os procedimentos estéticos invasivos devem ser precedidos de consulta médica e exames específicos para reduzir as chances de complicações, reitera o CFM. A autarquia afirma ainda que, sob qualquer circunstância, a realização dos procedimentos estéticos deve ocorrer apenas em ambientes que respeitem as exigências da Vigilância Sanitária e do CFM.

Como orientação à população em geral, o CFM explica que, para se proteger de pessoas inidôneas, os pacientes que queiram se submeter a intervenções e procedimentos estéticos devem verificar no site da autarquia ou dos CRMs se profissional escolhido é mesmo médico. Isso pode ser feito no endereço portal.cfm.org.br, no campo “Busca de Médicos”.

Medidas urgentes – “O CFM se solidariza com as vítimas de atendimentos cometidos irregularmente por não médicos, bem como com suas famílias, e cobra das autoridades medidas urgentes para assegurar a obediência ao que está previsto na legislação, em especial por indivíduos que têm colocado a saúde e a vida da população em risco”, ressalta a nota.

 

Segundo o CFM, os entes públicos precisam assumir sua responsabilidade no esforço para conter os abusos que têm causado danos e mortes. No texto, a autarquia conclama a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vigilâncias sanitárias de estados e municípios, o Ministério Público e a Polícia Civil a adotarem estratégias urgentes para evitar que outros brasileiros sejam afetados por problemas que afetam a saúde e o bem-estar, assim como mortes. “Esse é o apelo do CFM e dos CRMs às Autoridades”, encerra o documento.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: CFM



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