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Confira o 15° Boletim de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia

As regiões Norte (22,4%) e Centro-Oeste (11,1%) tiveram os maiores percentuais de serviços de hemoterapia de alto risco

Está disponível para consulta o 15° Boletim de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia (SHs). Em formato de painel, o boletim traz os dados de 2022 relativos às inspeções sanitárias realizadas pelas Vigilâncias Sanitárias (Visas) dos estados e municípios.

O painel traz informações de inspeções sanitárias em 872 (42%) dos 2.097 serviços de hemoterapia existentes no país. Os dados mostram que mais de 83% dos serviços avaliados estão em situação satisfatória em relação ao comprimento das Boas Práticas do Ciclo do Sangue, classificados como de baixo ou médio-baixo risco.

Os dados dos últimos três anos mostram uma manutenção do risco potencial relacionado aos processos de transfusão e do ciclo do sangue em 7% dos serviços de hemoterapia, mesmo com o aumento da cobertura de inspeções no período pós-pandemia de Covid-19. Além disso, o resultado do último ano alcança a meta estratégica da Anvisa de redução das categorias de risco indesejadas (médio-alto e alto risco).

As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram os maiores percentuais de estabelecimentos com classificação de alto risco potencial, com 22,4% e 11,1%, respectivamente. Esses dados direcionam ações estratégicas da Anvisa e das Visas locais na perspectiva de minimização de riscos nos estabelecimentos avaliados.

 

Leia também: Diretrizes para abordagem dos eventos adversos do ciclo do sangue

 

Problemas

Sobre as não conformidades encontradas, as mais recorrentes foram relacionadas aos aspectos da gestão da qualidade, como:

  • a ausência de auditoria interna (39%),
  • problemas de estrutura física, como a adequação ao projeto arquitetônico do serviço de hemoterapia (35%), sendo 22,5% com inadequações à estrutura de processamento do sangue.

Além disso, 27% dos serviços apresentaram não conformidades referentes à qualificação dos equipamentos. Outro ponto de destaque são altas porcentagens de não conformidades relacionadas à qualificação dos profissionais técnicos dos serviços de hemoterapia avaliados.

Cerca de 93% das avaliações referem-se à renovação da licença sanitária (52%) e ao monitoramento dos estabelecimentos (41%).

 

 

 

Considerando o tipo de serviço oferecido, os maiores percentuais de cobertura das avaliações consideradas referem-se às unidades de coleta (48%) e aos hemocentros coordenadores (46%).

Os dados apontam ainda que 36% dos serviços avaliados pertencem ao Sistema Único de Saúde (SUS); 34% são unidades privadas que prestam serviços à rede pública de saúde; e 30% são estabelecimentos com atendimento exclusivamente particular.

 

Método   

A avaliação foi feita com a utilização do Método de Avaliação de Risco Sanitário Potencial (Marp-SH), ferramenta desenvolvida pela Anvisa em parceria com as Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios.

A elaboração do método levou em consideração os regulamentos sanitários pautados nas boas práticas relacionadas ao ciclo do sangue, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ferramenta permite avaliar e classificar os serviços de acordo com sua adequação à legislação sanitária. Dessa maneira, maiores percentuais de adequação indicam menores possibilidades de riscos potenciais envolvidos em procedimentos transfusionais.

 

Monitoramento  

O constante monitoramento dos serviços de hemoterapia é fundamental, já que os processos de transfusão e do ciclo do sangue envolvem riscos que podem comprometer a saúde de doadores, de profissionais de saúde e de pacientes. Daí a necessidade da avaliação e do uso de dados, para fazer a classificação de risco potencial e implementar ações corretivas e de aprimoramento dos serviços.

Dessa forma, os resultados do Marp-SH orientam a definição e a priorização de estratégias de intervenção por parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e dos gestores de saúde locais. Os resultados também subsidiam ações e programas da Anvisa e do Ministério da Saúde (MS), coordenador da rede de serviços de hemoterapia (Hemorrede) em âmbito nacional.

Ressalta-se a importância da continuidade das ações conjuntas e articuladas no período pós-pandemia de Covid-19, para a recuperação e o fortalecimento das ações fiscalizatórias e da promoção de estratégias para a melhoria dos serviços.

Confira a íntegra do 15° Boletim de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia (SHs) – 2022.

 

Fonte da imagem: Envato

Fonte: Anvisa



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