20 de janeiro de 2023
Posted by: Grupo IBES
Category: Notícias

Conheça a classificação de “estrelas” e os indicadores para medir a qualidade em saúde

A medição da qualidade em saúde e os esforços de melhoria dependem da coleta de dados precisos e oportunos. Mas muitos sistemas de coleta, monitoramento e análise de dados são mal projetados, mal compreendidos e não são usados adequadamente após implementados.

Além disso, a equipe de melhoria da qualidade pode não ter experiência na coleta e interpretação de dados, ou pode ter dificuldades com sistemas de gerenciamento de dados administrativos, ou clínicos que não foram projetados para monitorar os dados de qualidade que rastreiam.

Se os profissionais de saúde e os médicos não considerarem as medidas de qualidade confiáveis, ou se sua coleta for excessivamente onerosa, você arriscará alienar os provedores em vez de envolvê-los em iniciativas de melhoria da qualidade.

Quais métricas você deve incluir em um painel de gerenciamento de qualidade de assistência?

Você deve escolher métricas de gerenciamento de qualidade e risco com base nas necessidades de sua organização, nos requisitos de relatórios específicos de seus pagadores e programas de Acreditação, bem como alinhados as fragilidades dos seus processos.

Em 2021, o Medicare/Medicaid (EUA) usou medidas de qualidade nas 5 categorias a seguir para classificar mais de 4.500 hospitais de uma a cinco estrelas. Embora as classificações por estrelas para hospitais não estejam diretamente relacionadas ao reembolso financeiro, muitas das medidas usadas para determinar as classificações por estrelas também são usadas em outros programas, como o Hospital Value-Based Purchasing Program, que afetam diretamente o reembolso.

1. Mortalidade

A taxa de mortalidade do paciente mede a porcentagem de pacientes que morrem sob os cuidados de um hospital antes de receberem alta. A taxa de mortalidade é um forte indicador da capacidade dos provedores de estabilizar a condição do paciente após a cirurgia ou outro procedimento.

2. Segurança do cuidado (incidentes assistenciais)

As métricas de segurança estão relacionadas a incidentes médicos, incluindo erros e eventos adversos. Incidentes hospitalares incluem consequências não intencionais ou efeitos colaterais de procedimentos hospitalares, incluindo condições como sepse, insuficiência respiratória pós-operatória, embolias pulmonares, hemorragias e outras reações ou infecções.

Essa métrica mede a capacidade de os profissionais de saúde de fornecer atendimento abrangente e de alta qualidade ao paciente sem desencadear uma reação adversa. O número de eventos danosos por 1.000 pacientes-dia é uma forma de quantificar essa medida.

Duas medidas comuns de segurança do paciente são:

Lesão da pele, que ocorre quando a pressão diminui o fluxo sanguíneo para a pele. Pacientes com ruptura da pele têm maior risco de infecção. As ferramentas de avaliação da pele podem ser usadas para reduzir a degradação da pele.
Infecções adquiridas na assistência à saúde, que ocorrem enquanto os pacientes estão recebendo tratamento para condições médicas ou cirúrgicas. Essas infecções são causadas por patógenos virais, bacterianos e fúngicos.

3. Taxa de reinternação hospitalar

Essa métrica refere-se à porcentagem de pacientes admitidos no mesmo ou em outro hospital dentro de 30 dias após receberem alta pela mesma condição, ou complicação do episódio original de atendimento. As altas taxas de reinternação hospitalar indicam que os médicos e outros profissionais de saúde não estão prestando o atendimento adequado aos pacientes, talvez porque estejam negligenciando complicações ou dados relevantes do paciente.

Menores taxas de reinternação hospitalar indicam maior qualidade da assistência. Em 2018, a taxa média de readmissão nos EUA foi de 14%, com um custo médio de readmissão de US$ 15.200 por paciente.

Encontrar o tempo ideal de internação para prevenir a reinternação é importante para a saúde financeira do paciente e do hospital. Altas taxas de readmissão podem diminuir a receita do hospital, uma vez que os hospitais com as maiores taxas de readmissão podem ser penalizados por não receberem pagamentos integrais de reembolso do Medicare. As readmissões hospitalares custam ao Medicare US$ 26 bilhões anualmente, portanto, não é de surpreender que o Medicare esteja focado em reduzir as taxas de readmissão. Em 2019, 82% dos hospitais do Programa de Redução de Readmissões Hospitalares do Medicare receberam multas por readmissões.

4. Experiência do paciente

As medidas de resultados relatados pelo paciente avaliam as experiências e percepções dos pacientes sobre seus cuidados de saúde. Você pode avaliá-los rastreando reclamações e administrando pati pesquisas de satisfação do cliente, incluindo a pesquisa Hospital Consumer Assessment of Healthcare Providers and Systems (HCAHPS), que mede 64 marcadores de satisfação do paciente, desde a qualidade do atendimento até a limpeza das instalações. As pontuações do HCAHPS fornecem informações importantes sobre como os hospitais podem melhorar o atendimento e os serviços prestados aos pacientes.

5. Pontualidade e eficácia do atendimento

A pontualidade das métricas de atendimento (por exemplo, tempos de espera, como o tempo desde a chegada ao pronto-socorro até a avaliação diagnóstica) está relacionada ao acesso do paciente ao atendimento. A superlotação no pronto-socorro tem sido associada ao aumento da mortalidade de pacientes internados, aumento do tempo de internação e aumento dos custos para pacientes internados. Após perceber que cerca de 4.000 pacientes por ano estavam saindo do pronto-socorro sem serem atendidos, um hospital comunitário analisou seus dados oportunos de desempenho do pronto-socorro para identificar quatro áreas de melhoria: padrões de pessoal, registro, avaliação de triagem pelo RN e acesso antecipado a um profissional médico qualificado. Eles alcançaram melhorias significativas de desempenho, incluindo uma redução relativa de 89% na taxa de pacientes que saíram sem serem atendidos.