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O impacto financeiro dos serviços dos cuidadores de pessoas

Com a atual crise do custo de vida, os cuidadores de pessoas enfrentam uma pressão sem precedentes em suas finanças: um quarto dos cuidadores (25%) está cortando gastos essenciais como alimentação ou audição e 63% estão extremamente preocupados com o gerenciamento de seus custos mensais, de acordo com a agência inglesa Carers UK de 2022.

Cuidar vem com custos adicionais que podem ter um impacto significativo nas finanças dos cuidadores e muitos cuidadores sofrem dificuldades financeiras, por não atuarem em trabalhos remunerados, principalmente.
O Índice de Bem-Estar do Cuidador não Profissional de 2020, realizado pelo Embracing CarersTM, programa global apoiado pela empresa Merck. O estudo foi realizado em 12 países: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Austrália, Brasil, Taiwan, Índia e China, com 9.000 cuidadores não profissionais.

Segundo o estudo, 64% dos cuidadores não profissionais afirmaram que a pandemia dificultou o papel de cuidador. No Brasil, o número sobe para 68%.

Um dos pontos levantados foi a nova função que precisaram passar a fazer de suporte emocional em meio a tempos difíceis e incertos. 57% dos participantes globalmente afirmaram que oferecer esse suporte foi uma tarefa que ganhou mais peso com a pandemia. Em comparação com os outros países, o Brasil está em terceiro lugar com essa afirmação (65%), ficando atrás apenas da Índia e China.

As habilidades também tiveram que mudar nesse período, já que 68% apontaram que precisaram de mais orientação e treinamento sobre como usar a telemedicina, ferramentas online e aplicativos móveis para manter os cuidados de saúde em dia.

À medida que as necessidades daqueles de quem cuidam se aprofundam, 9 em cada 10 cuidadores estão colocando suas próprias necessidades em segundo lugar. 91% dos cuidadores brasileiros afirmam que colocaram as necessidades das pessoas que cuidam acima de suas necessidades pessoais.

76% dos cuidadores globalmente dizem também que cuidar de alguém durante a pandemia os fez sentir mais extremamente cansados do que nunca. No Brasil, o número sobe para 83%.

Quando olhamos para a saúde mental, 61% afirmam que pioraram nesse aspecto na pandemia, sendo 70% no Brasil. O isolamento social, pouco tempo com os amigos e parentes, além do medo da contaminação pelo vírus, impactaram nessa questão. 46% afirmam que a pandemia piorou a sua saúde física também, sendo 57% no Brasil, principalmente pelo fator de estarem dormindo menos e não se exercitando.

Os cuidadores também podem sofrer impactos financeiros, profissionais, físicos e sociais no processo. 81% deles tiveram que sacrificar mais do que a vida pessoal pelo indivíduo que eles cuidam, sendo que 54% pioraram a sua situação financeira, 68% no Brasil. Isso se deve também à necessidade de oferecer recursos extras de cuidados nesse período para esses pacientes.

O impacto do cuidar no emprego

Em média, 600 pessoas por dia deixam o trabalho para cuidar – com mais de 500.000 pessoas deixando o trabalho para prestar cuidados não remunerados antes da pandemia apenas no Reino Unido, segundo o Juggling Work and Care.

3 em cada 4 cuidadores empregados se preocupam em continuar conciliando trabalho e cuidado.
Entre 2010 e 2020, mais de 1,9 milhão de pessoas com empregos remunerados se tornaram cuidadores não remunerados todos os anos, apenas na Inglaterra. Os dados brasileiros são desconhecidos, para comparação, mas certamente são bem maiores.

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Merck / Carers UK



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