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Quais exames devem ser realizados na gestação para proteger mãe e bebê?

A realização de exames para prevenir e/ou identificar enfermidades é uma estratégia para evitar possíveis complicações e oferecer saúde para a mulher e o bebê, ao longo da gestação. A Caderneta da Gestante relaciona:

  • testes e exames disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS),
  • orientações sobre o pré-natal,
  • pré-natal do parceiro,
  • direitos da gestante,
  • dicas para uma gravidez saudável,
  • entre outros.

Dentre os exames indicados para a gestante e disponíveis no SUS, estão:

  • Exame de cultura de urina com antibiograma

Deve ser realizado logo no início do pré-natal. Ele identifica a presença de bactérias na urina que causam infecção, mesmo que a mulher não esteja com sintomas. É a chamada bacteriúria assintomática que, se não tratada, pode evoluir para cistite e pielonefrite. Esse exame também informa quais antibióticos são mais adequados para o tratamento da infecção.

  • Tipagem sanguínea e fator Rh

Identifica o tipo de sangue. Se a gestante tem Rh negativo e o pai do bebê tem Rh positivo, a mulher deve fazer outro exame durante o pré-natal: o Coombs Indireto. Após o nascimento, caso o bebê tenha Rh positivo, a mulher deverá tomar uma injeção para evitar problemas na próxima gestação. A mulher tem direito à imunoglobulina anti-D pelo SUS.

  • Hemograma

É um exame que analisa informações específicas dos componentes do sangue. Por meio dele, pode-se identificar a anemia, por exemplo, o qual é a falta de ferro no sangue. A anemia é comum na gravidez, mas a gestante precisa seguir o tratamento prescrito corretamente.

Leia também: Manual de Recomendações para a Assistência da Gestante e Puérpera

  • Eletroforese de hemoglobina

Analisa a hemoglobina do sangue para identificar a presença de alterações compatíveis com doença falciforme, talassemia ou outras hemoglobinopatias. Essas doenças são hereditárias e requerem cuidados especiais na gravidez.

  • Glicemia

É o exame que avalia a taxa de açúcar no sangue. Se estiver alta, pode indicar diabetes gestacional, que deve ser cuidada com dieta, atividade física e, em algumas ocasiões, uso de medicamentos. No entanto, se a taxa de glicose no sangue der normal, a mulher fará outro exame entre 24 e 28 semanas de gestação, chamado Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG). Este serve para investigar se ela desenvolveu diabetes gestacional ao longo da gestação, de forma bem específica.

  • Exame preventivo de câncer de colo de útero

Conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizado periodicamente por todas as mulheres que já tiveram relações sexuais, a partir de 25 anos. Ele ajuda a detectar o câncer de colo de útero e pode ser realizado em qualquer etapa da gestação, pois não oferece nenhum risco para o bebê.

  • Teste rápido de sífilis e VDRL

Esses testes identificam a sífilis, uma infecção sexualmente transmissível que pode passar da gestante para o bebê durante a gravidez. O teste rápido é feito a partir da coleta de uma gota de sangue extraída do dedo, enquanto o teste VDRL é feito por meio de um exame de sangue. Quando não tratada, a sífilis pode causar abortamento do feto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, malformações e até mesmo a morte do recém-nascido. Em caso de teste positivo, tanto a gestante quanto o parceiro devem ser tratados o mais rápido possível. Caso o parceiro não se trate, a gestante será novamente infectada. O tratamento da sífilis deve ser feito na Unidade Básica de Saúde onde é realizado o pré-natal.

  • Avaliação odontológica

Identifica os problemas bucais e a necessidade de tratamento odontológico durante a gestação.

  • Testes de HIV

Identificam o vírus causador da Aids, doença que compromete o sistema de defesa do organismo, provocando a perda da resistência e da proteção contra outras doenças. O HIV pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, durante o parto ou no período de amamentação. Quanto mais cedo o vírus é identificado e o tratamento iniciado, maior a chance de a mulher e o bebê ficarem saudáveis. O teste rápido de HIV deve ser realizado no início (primeiro trimestre) e no final da gestação (terceiro trimestre). Ele também pode ser feito no momento do parto.

  • Teste de malária

Deve ser realizado em todas as gestantes com sintomas nas regiões com registro da doença. A malária é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. Durante a gestação, existe maior risco de desenvolvimento das formas complicadas da doença, como anemia grave da malária e óbito materno. Para a criança, a malária materna aumenta o risco de aborto espontâneo, natimortalidade, prematuridade e baixo peso ao nascer, representando uma importante causa de mortalidade infantil.

  • Testes para hepatite B (HBsAg)

Identificam o vírus da hepatite B, que pode passar da gestante para o bebê durante a gravidez. Caso seja identificado que a mulher tem o vírus, os cuidados com a criança logo após o parto, por meio de vacina e imunoglobulina humana anti-hepatite B, podem protegê-lo do vírus.

  • Exame de toxoplasmose

Identifica se a mulher tem ou teve toxoplasmose. Essa doença pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados e/ou pelo contato com terra contaminada. A infecção pode ser transmitida ao bebê durante a gestação, trazendo complicações à saúde, seja enquanto estiver dentro do útero ou ter consequências depois do nascimento. Como medidas de prevenção à toxoplasmose, é importante lavar sempre as mãos antes de manipular alimentos, não ingerir carnes cruas nem malcozidas, lavar frutas, legumes e verduras adequadamente antes de comer, não utilizar a mesma faca para cortar carnes e outros vegetais ou frutas, não consumir leite ou queijo crus, evitar contato com qualquer material que possa estar contaminado com fezes de gatos, como solo, gramados e caixas de areia, além de usar luvas ao mexer com terra.

  • Exames para o companheiro

Todas as pessoas cuja parceira está em acompanhamento de pré-natal, têm direito a realizar exames. Para os homens, o SUS tem uma estratégia chamada “Pré-Natal do Pai/Parceiro”, que contribui para que ele participe ativamente do período gestacional, da promoção da saúde da gestante e de sua própria saúde. Assim, também tem a oportunidade de realizar exames, como de ISTs, HIV/Aids e hepatites virais, colesterol e glicemia, além de receber orientações de prevenção e prescrição de tratamento, caso tenha sido diagnosticado com alguma enfermidade.
Todos os testes e exames citados, assim como o acompanhamento pré-natal integral são oferecidos gratuitamente por meio das equipes de Saúde da Família e nas Unidades Básicas de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte da imagem: Freepik

Fonte: Ministério da Saúde



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