- 25 de novembro de 2022
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
5 Passos para ter conversas sobre segurança com o paciente
Quando temos conversas sobre segurança, isso muda a maneira como pensamos sobre segurança.
Essas conversas nos ajudam a deixar de focar nos danos passados para uma visão mais holística da segurança evoluindo para uma “prática de investigação” que valoriza ouvir, observar e perceber, fortalecendo uma cultura de responsabilidade coletiva pela segurança. As etapas descritas abaixo podem ajudá-lo a planejar e realizar conversas de segurança eficazes.
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Passo 1: Tornar seguro falar sobre segurança
Uma grande parte de tornar as conversas sobre segurança bem-sucedidas envolve normalizá-las. No entanto, nem todos se sentirão seguros para falar sobre segurança.
A equidade é fundamental para a segurança. Todos precisam estar cientes e reconhecer as desigualdades que as pessoas podem vivenciar no sistema de saúde e como essas experiências afetam sua capacidade de se sentir seguro e compartilhar informações autenticamente.
Antes que as conversas sobre segurança possam ocorrer, você precisará criar um ambiente que permita que todos digam o que pensam. Aqui estão algumas sugestões:
- Use o pôster “o que faz você se sentir seguro” e poste os resultados em suas instalações
- Seja criativo! Crie sua própria ‘cabine de sugestões’ para fornecer oportunidades anônimas de compartilhar informações.
- Realize reuniões de segurança do paciente com pacientes e parceiros de cuidados essenciais
- Ouça diretamente aqueles que encontraram soluções inovadoras para normalizar as conversas sobre segurança.
Passo 2: Perguntar com segurança
As conversas são construídas em torno da prática de fazer perguntas. Ao fazer perguntas, você está dando o primeiro passo e assegurando que o ônus não recaia sobre o paciente ou ente querido. As perguntas que você pode fazer incluem:
- Conte-me sobre qualquer coisa que o tenha alarmado ou preocupado nas últimas 24 horas?
- Conte-me sobre o dano que você experimentou ou testemunhou nas últimas 24 horas?
- O que fez você se sentir inseguro nas últimas 24 horas (ou desde a última vez que conversamos)?
- O que faz você se sentir seguro?
- O que faria você se sentir mais seguro?
- O que faz você se sentir inseguro?
- Quais são suas preferências de cuidados (por exemplo, ‘o que importa para você?’)?
- Gostaria de mais explicações sobre qualquer parte do cuidado?
- Existe alguma coisa que estamos fazendo que possa impedi-lo de alcançar seus melhores resultados de saúde?
Passo 3: Ouvir
- Observar, perceber, ouvir e reconhecer todos os tipos de danos, incluindo danos psicológicos, desumanização, demora no tratamento, tratamento excessivo, dano físico e seus fatores contribuintes subjacentes
- Ouvir e aprender com os pacientes e entes queridos; reconheça-os como especialistas em seus cuidados
- Use ferramentas de comunicação como panfletos, cartazes e boletins para incentivar a parceria paciente-profissional e educar sobre processos críticos de segurança
- Ouça e respeite as diferenças culturais, incluindo crenças, normas familiares e outras.
Passo 4: Agir
Com base nas informações e insights que você coletou:
- Envolva-se regularmente com pacientes, parceiros de cuidados essenciais e outros entes queridos como membros principais da equipe de atendimento e cocrie soluções com eles
- Apoie pacientes, parceiros de cuidados essenciais e outros entes queridos com informações para que possam antecipar o que está por vir, avaliar riscos e benefícios e tomar decisões de saúde informadas
- Tenha um esboço claro das etapas que serão tomadas para que todos saibam o que esperar e quando
- Retorne aos pacientes e parceiros de cuidados essenciais para compartilhar como suas preocupações foram abordadas.
Passo 5: Continue tendo conversas de segurança (não tenha apenas uma)
Comunicar aos pacientes e parceiros de cuidados essenciais sobre quem contatar em caso de dúvidas ou perguntas.
Fonte da imagem: Freepik
Fonte: Ascom – Cofen