- 4 de novembro de 2022
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Qual é a relação entre eficácia clínica e auditoria clínica?
A eficácia clínica é um dos três braços da qualidade dos cuidados de saúde definidos por Lord Darzi em 2008 e pode ser definida como “Cuidados que proporcionam bons resultados, ou seja, bons resultados ou sucesso dos cuidados aos pacientes. Isso pode ser avaliado tanto por meio de medidas de resultados clínicos, como taxas de mortalidade/sobrevivência, taxas de complicações, quanto por medidas de resultados relatados pelo paciente (PROMs), como a avaliação de seus próprios sintomas e qualidade de vida”. A auditoria clínica e o uso de diretrizes baseadas em evidências se enquadram nesse domínio de qualidade.
Auditoria clínica
A auditoria clínica é definida pelo National Institute for Health and Care Excellence (NICE) como “um processo de melhoria da qualidade que busca melhorar o atendimento ao paciente e os resultados por meio da revisão sistemática do atendimento em relação a critérios explícitos e a implementação de mudanças”.
Leia também: Como escolher um tópico para realizar uma auditoria clínica?
A auditoria clínica mede se a melhor prática já conhecida está realmente ocorrendo no atendimento clínico e quase sempre deve levar a mudanças e reavaliação posterior. O ciclo de auditoria descreve esse processo contínuo de revisão e implementação de mudanças e envolve as seguintes etapas:
- Identificar o tópico e a pergunta
- Selecionar os padrões – os critérios de auditoria (os critérios de auditoria são simplesmente os padrões explícitos contra os quais o cuidado será medido)
- Medir o desempenho/prática
- Comparar o desempenho com os padrões e veja onde os padrões não são alcançados – essas são as áreas de melhoria
- Implementar melhorias
- Realizar uma nova auditoria para garantir que a melhoria foi alcançada
Para que uma auditoria valha a pena é preciso um planejamento cuidadoso. A escolha do tema deve ser relevante tanto para a situação local quanto para os pacientes e profissionais envolvidos. Os objetivos e padrões devem ser realistas e válidos. A coleta de dados deve ser bem pensada e realizada com precisão para que, quando os dados são analisados, uma impressão verdadeira e representativa da prática seja formada. Os resultados devem ser interpretados cuidadosamente e quaisquer mudanças na prática implementadas com total concordância dos envolvidos ou afetados. Fazer uma nova auditoria mais tarde conclui o ciclo de auditoria e deve afirmar que os ajustes à prática implementados no(s) ciclo(s) anterior(es) tiveram o efeito desejado e não criaram outras questões que precisam ser abordadas.
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