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Mortalidade Hospitalar: O interesse em se medir os óbitos hospitalares evitáveis ​​para conduzir a melhoria vem desde as avaliações realizadas pela enfermeira Florence Nightingale, que sugeria que variações na mortalidade entre hospitais de Londres poderiam refletir em diferenças na qualidade do cuidado.
 
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Em 1999, o Institute of Medicine emite o relatório “Errar é humano”, alegando que o erro médico representava a oitava causa de morte mais comum nos Estados Unidos, o que tem alimentado o debate vigoroso sobre números reais destes óbitos em muitos países.
 
Na sequência, as falhas bem divulgadas pela Bristol Royal Infirmary e pela Mid Staffordshire NHS Foundation Trust, na Inglaterra, fizeram com que o problema de mortes evitáveis ​​chegasse ao conhecimento mais amplo dos políticos e do público em geral. Porém, mais tarde, os políticos da Inglaterra desenvolveram um foco míope sobre a luta contra mortes evitáveis ​​como a chave para a melhoria do desempenho, procurando destacar medidas discretas, apesar de claramente não representar a complexidade da assistência à saúde moderna.
 
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O reconhecimento da existência de óbitos hospitalares evitáveis ​​é útil para se reconhecer a escala e a carga de danos relacionados aos cuidados de saúde e incentivar o compromisso de melhoria entre os médicos, equipe e administradores hospitalares.
 
No entanto, ao se utilizar as mortes evitáveis ​​como uma medida comparativa da qualidade entre hospitais, se as medidas não são robustas e justas, podem superestimar o tamanho do problema e o risco para os pacientes, induzindo-os a níveis injustificados de ansiedade e medo, além de ter um poderoso efeito estigmatizante em hospitais identificados com alta taxa de morte. Por outro lado, a subestimação pode levar à complacência e falha em reconhecer um risco permanente para os pacientes.
 
A autora do artigo, publicado no British Medical Journal of Quality and Safety, conclui que ainda existe a necessidade de uma melhor compreensão dos problemas associados tanto com o conceito e as diferentes abordagens para a medição, para determinar o papel de mortes evitáveis ​​na melhoria da qualidade.
 
 
FONTE: Hogan H. The problem with preventable deaths. BMJ Qual Saf 2015