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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou, em Boa Vista, estado de Roraima, a cartilha Promoção da Saúde Mental de Crianças e Adolescentes em Contextos Migratórios. O lançamento ocorreu durante seminário de encerramento do projeto “Fortalecimento de Capacidades Locais em Saúde Mental e Apoio Psicossocial no Contexto do Fluxo Migratório em Boa Vista, Roraima”.

O trabalho, realizado desde agosto de 2019, integrou uma proposta interagencial de assistência humanitária desenvolvida conjuntamente pela OPAS e outros três organismos das Nações Unidas – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para Migrações (OIM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) – e foi financiado com recursos doados pela Embaixada do Japão no Brasil. O projeto visou o fortalecimento das capacidades locais em saúde mental por meio da realização de oficinas de capacitação de profissionais de saúde, atores humanitários e lideranças comunitárias, assim como com atividades de promoção da saúde mental para crianças e adolescentes e grupos de ajuda e suporte mútuos para migrantes, refugiados e população de acolhida.

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Foram capacitados 88 profissionais da rede de atenção à saúde, utilizando o Guia de Intervenção Humanitária (mhGAP), 75 lideranças comunitárias e 56 atores humanitários sobre a temática de saúde mental e apoio psicossocial no contexto migratório.

“No total, mais de 1,6 mil pessoas foram beneficiadas – incluindo crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas – com as atividades de promoção de saúde mental e grupos de ajuda e suporte mútuos, realizadas em abrigos da Operação Acolhida e na ocupação espontânea Ka’Ubanoko. As atividades contribuíram para o fortalecimento dos vínculos familiares e para integração comunitária”, destacou a consultora em saúde mental da OPAS/OMS, Catarina Dahl. Atividades de comunicação com a comunidade e prevenção à COVID-19 também foram realizadas, beneficiando cerca de 2.500 pessoas.

O secretário-adjunto de Estado da Saúde de Roraima, Armando dos Santos, destacou a importância do trabalho feito pelas agências no estado. “Embora a pandemia tenha nos feito mudar o jeito de trabalhar e até de nos relacionarmos, a saúde psicossocial continua sendo de muita preocupação. Então, é preciso ter essa rede de apoio e esse envolvimento de todos, como fizemos com o apoio da OPAS nesses últimos anos”, disse. O secretário Municipal de Saúde de Boa Vista, Cláudio Galvão, agradeceu à OPAS pela parceria e destacou que o trabalho deve continuar sempre pensando na população vulnerável.

A Chefe do Escritório do UNICEF em Boa Vista, Roraima, Marcela Ulhôa também enfatizou o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde. “Para cuidar de uma criança, é preciso de toda uma aldeia, mas essa aldeia precisa ter também ferramentas, diferentes capacidades. E o apoio da OPAS trouxe mais capacidades para essa aldeia, para essa rede que, na ponta, trabalha com cada criança e cada adolescente dentro dos abrigos da Operação Acolhida. Para a gente cuidar dessa criança, é preciso de toda uma rede, todos os colaboradores que estão na ponta, toda a comunidade precisa estar fortalecida e essa parceria com a OPAS deu as fermentas para a gente trabalhar juntos, levar mais conhecimento de como lidar com essas situações de vulnerabilidade psicossocial com os povos migrantes”.

Sobre a cartilha

A cartilha Promoção da Saúde Mental de Crianças e Adolescentes em Contextos Migratórios traz informações importantes para apoiar lideranças comunitárias, trabalhadores(as) humanitários(as) e demais profissionais que trabalham com o público infanto-juvenil no planejamento e implementação de ações de promoção da saúde mental. Tem como objetivo apresentar os conceitos-chave, princípios, estratégias de ação e recomendações práticas para a promoção da saúde mental para crianças e adolescentes.

Nos últimos anos, um grande fluxo de migrantes da Venezuela tem chegado ao Brasil e em outros países das Américas, gerando demanda de assistência humanitária e serviços de proteção, saúde, assistência social e educação.

A OPAS tem contribuído com o acolhimento a essa população em vários países, com trabalho focado em melhorar a saúde e a assistência a elas. Um dos temas essenciais é a saúde mental.

Fonte da imagem: Freepik
Fonte da notícia: OPAS



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