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Pacientes com glaucoma contam com mais uma tecnologia para auxiliar o diagnóstico precoce da doença no Sistema Único de Saúde (SUS). A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ampliou o uso do exame de Tomografia de Coerência Óptica no para confirmação do glaucoma. A incorporação da tecnologia diminuirá as chances de perda da visão do paciente, uma vez que 80% dos casos não apresentam sintomas iniciais, potencializando o risco de lesões irreversíveis nos olhos.

O glaucoma é uma doença crônica que não tem cura, mas que pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata.

A Tomografia de Coerência Óptica ou “Optical Coherence Tomography” (OCT) é uma tecnologia computadorizada de imagem que compara as medidas das fibras nervosas dos olhos com parâmetros de um olho saudável. O exame revela imagens de vários aspectos e várias camadas da retina e, a partir dessas imagens, é possível fazer o diagnóstico correto.

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Estima-se que, atualmente, no mundo, 64,3 milhões de pessoas, entre 40 e 80 anos, tenham glaucoma. A projeção é de que, até 2040, esse número aumente para 111,8 milhões. No Brasil, estima-se que 900 mil pessoas tenham a doença.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do glaucoma baseia-se na interpretação dos resultados de múltiplos exames que avaliam a estrutura (disco óptico com características glaucomatosas), e a função (defeitos de campo visual); sendo a pressão intraocular o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença.

Entretanto, diferentemente do diagnóstico de doenças como hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes, o diagnóstico do glaucoma pode representar uma difícil tarefa, particularmente nas fases iniciais da doença. Essas limitações podem levar ao diagnóstico incorreto, com o consequente tratamento sem eficácia. Um estudo populacional observou taxas de falso positivo de 60%.

A tomografia de coerência óptica é um exame de imagem capaz de realizar uma avaliação estrutural de maneira objetiva e quantitativa que apresentou inúmeros aperfeiçoamentos tecnológicos nas últimas décadas. Esta tecnologia permite um diagnóstico rápido e objetivo e sua incorporação permitirá uma melhor classificação dos casos de suspeita de glaucoma.

Atualmente, o uso do OCT para o glaucoma é recomendado/endossado pelas principais sociedades de glaucoma de todo o mundo como parte integral da propedêutica dessa doença.

GLAUCOMA

O glaucoma é uma doença progressiva, assintomática até seus estágios avançados e cujas lesões são irreversíveis. Estimam-se que cerca de 11,2 milhões de pessoas serão acometidas com cegueira bilateral em 2020, o que torna essa neuropatia óptica, a principal causa de cegueira irreversível no mundo atualmente.

O principal fator de risco dessa doença é o aumento da pressão intraocular – PIO –  e cujo desfecho principal é a cegueira irreversível. Uma vez que 80% dos glaucomas não apresentam sintomas no início da doença; quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de conter a doença.

O glaucoma é caracterizado pela degeneração progressiva das células ganglionares da retina e alterações características da cabeça do nervo óptico, levando ao comprometimento irreversível da visão. Por isso, na avaliação clínica, é essencial examinar o disco óptico (documentação da cabeça do nervo óptico), a camada de fibras nervosas da retina e o campo visual, com vistas ao diagnóstico e monitoramento do glaucoma.

Fonte da imagem: Freepik
Fonte da notícia: Ministério da Saúde



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