- 20 de outubro de 2015
- Posted by: Grupo IBES
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Existem informações falsas circulando na internet sobre a vacina rotavírus humano (VORH) atenuada estar desencadeando alergia à proteína do leite de vaca nas crianças vacinadas. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) endossa o posicionamento do Ministério da Saúde brasileiro ao esclarecer que essa vacina não contém a proteína do leite de vaca em sua composição. Tampouco há evidências científicas do desenvolvimento de alergia ao leite desse animal após a administração do produto, conforme constatado pelos laboratórios Biomanguinhos e GSK (responsáveis pela produção da vacina distribuída no Brasil).
A VORH é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e utilizada em 89 países de todos os continentes. Desde 2009, a OMS estabeleceu uma rede mundial de vigilância sentinela de doenças bacterianas invasivas e rotavírus.
A infecção por esse agente é a mais comum causa de diarreia em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, sendo responsável por aproximadamente 600 mil mortes por ano e 40% das hospitalizações por diarreia. Apenas no continente americano, estima-se cerca de 75 mil internações e 15 mil óbitos por ano.
De acordo com o estudo “Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases”, do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, crianças menores de cinco anos têm maior risco de contrair e morrer de rotavírus. A pesquisa aponta ainda que quase toda criança será infectada com o rotavírus pelo menos uma vez antes dos cinco anos, com a primeira infecção geralmente ocorrendo antes dos três anos.
Prevenção e controle
Duas vacinas contra o rotavírus estão disponíveis no mercado e pré-qualificadas pela OMS. Desde 2006, 18 países americanos e um território introduziram a vacina no seu calendário nacional de vacinação: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Venezuela e o território britânico das Ilhas Cayman. Os países da Região das Américas foram os primeiros a introduzir esta vacina em seus programas de vacinação.
Transmissão
O contato fecal-oral direto é considerado a principal forma de transmissão do rotavírus, que é altamente infeccioso. Pode sobreviver por horas nas mãos e até mesmo dias em superfícies duras. Indivíduos com rotavírus excretam quantidades significativas de partículas virais antes de começarem a exibir sintomas da doença, durante o período em que apresentam diarreia e, em um terço dos casos, até uma semana após os sintomas desaparecem. Muitas pessoas eliminam o vírus sem apresentar diarreia.
FONTE: ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE