- 31 de maio de 2019
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Notícias
Os opiáceos são uma classe de medicamentos sujeito a controle especial que podem provocar dependência física ou psíquica. São usados para controlar a dor quando outros tratamentos e medicamentos não podem ser tomados ou não são capazes de proporcionar alívio suficiente da dor. Eles têm sérios riscos, incluindo abuso, vício, overdose e morte. Exemplos de opioides comuns incluem codeína, fentanil, hidrocodona, hidromorfona, morfina, oxicodona e oximorfona.
A Gerência de Farmacovigilância da Anvisa emitiu um alerta (22019/2019) quanto aos cuidados na descontinuação do uso de opióides em pacientes em tratamento prolongado. Podem ocorrer sintomas graves de abstinência (agitação, ansiedade, tremor, insônia dentre outras reações), dor descontrolada, sofrimento psicológico e até mesmo suicídio.
Além disso, esses sintomas podem levar os pacientes a procurar outras fontes de medicamentos para a dor, o que pode ser confundido com a busca de drogas para uso abusivo.
Para tentar tratar a dor ou sintomas de abstinência alguns pacientes acabam buscando o uso de opioides ilícitos, como heroína e outras substâncias.
Os pacientes que tomam medicamentos opiáceos a longo prazo não devem parar subitamente de tomar o seu medicamento. Deve-se discutir com o médico um plano para diminuição lenta da dose do opióide e continuar a controlar a sua dor. Mesmo quando a dose de opioide diminui gradualmente, podem ocorrer sintomas de abstinência.
O paciente deve ser orientado a contatar o seu profissional de saúde se sentir dor aumentada, sintomas de abstinência, alterações no seu humor ou pensamentos de suicídio.
Os profissionais de saúde não devem suspender abruptamente os opioides em um paciente que é fisicamente dependente do medicamento. Não existe uma programação padrão adequada de redução de opiáceos para todos os pacientes.
Deve-se considerar fatores como a dose utilizada, tipo de dor e as condições físicas e psicológicas do paciente. Em geral, para pacientes que são fisicamente dependentes de opioides, a redução da dose não deve exceder 10% a 25% a cada 2 a 4 semanas. Pacientes que estão tomando opioides por períodos de tempo mais curtos podem tolerar uma redução mais rápida.
Referências:
Anvisa
U.S Food & Druga Administration. FDA identifies harm reported from sudden discontinuation of opioid pain medicines and requires label changes to guide prescribers on gradual, individualized tapering