- 13 de novembro de 2018
- Posted by: Grupo IBES
- Category: Gestão, Notícias
Na Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos, promovida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o IBES separou uma série de matérias sobre o assunto. A resistência aos antimicrobianos é um problema público grave e crescente, devido a fatores como:
- Falta ou ineficiência de programas de prevenção e controle de infecções
- Qualidade precária dos medicamentos
- Inadequação na vigilância desse setor
- Falta de regulamentação no setor.
Estas defasagens do sistema de saúde internacional causam danos sérios aos pacientes, profissionais e instituições ao:
- Prolongar a recuperação da doença;
- Aumentar a taxa de mortalidade decorrente da mesma;
- Prolongar o tempo de internação;
- Reduzir eficácia de ações preventivas;
- Reduzir a produtividade;
- Aumentar gastos.
O consumo de antimicrobianos aumentou 36% em 71 países entre 2000 e 2010. Nesta mudança, o Brasil e outros 4 países representam 75% deste aumento. Caso nada seja feito, estima-se que, em 2050, 1 em cada 3 pessoas morram por conta da resistência aos antimicrobianos, ou seja, 10 milhões de cidadãos ao ano.
Confira: O que é o Sistema de Notificações de Vigilância Sanitária (NOTIVISA)?
Mas por que é tão difícil mudar essa realidade? Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os desafios no gerenciamento de antibióticos são:
- Lidar com países de diferentes realidades
- Disseminar as ideias de forma homogênea
- Criação de novos mecanismos de resistência
- Forma de acesso a essas substâncias em determinados países
- Utilização desses antibióticos em animais.
Os quais podem ser solucionados via medidas de prevenção e segurança:
- Acesso a medidas de prevenção: diagnósticos e vacinas
- Limitar a venda desses medicamentos às pessoas que apresentarem receituário médico
- Monitoramento das infecções referentes à assistência
- Melhoria do controle de qualidade dessas substâncias
- Estabelecimento das quantidades máximas destes medicamentos em alimentos animais.
A Organização Mundial da Saúde já percebeu tais necessidades e em 2005 criou o Plano de Ação Global em Resistência a Antimicrobianos, o qual propõe 5 eixos estratégicos para atuação:
- Melhorar a conscientização e a compreensão a respeito da resistência aos antimicrobianos, por meio de comunicação, educação e formação efetivas;
- Reforçar os conhecimentos e a base científica por meio da vigilância e da pesquisa;
- Reduzir a incidência de infecções com medidas eficazes de saneamento, higiene e prevenção de infecções;
- Utilizar de forma racional os medicamentos antimicrobianos na saúde humana e animal;
- Preparar argumentos econômicos voltados para investimentos sustentáveis e aumentar os investimentos em novos medicamentos, meios diagnósticos, vacinais e outras intervenções.
Como membro da OMS, o Brasil apontou algumas destas estratégias no plano de ação, definido pelo Ministério da Saúde, a partir de reuniões.
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Neste episódio, Alexia Costa aborda sobre o aumento da segurança no uso do medicamento através da acreditação:
Referência:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano de Ação da Vigilância Sanitária em Resistência aos Antimicrobianos. 2018.